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sábado, 5 de março de 2016

95 anos da revolta acrata de Kronstadt


 De 1 a 18 de Março de 1921 marinheiros rebeldes levaram a cabo uma insurreição contra a ditadura bolchevique, naquilo que ficou conhecido como "a revolta de Kronstadt".
Muitos revoltos foram mortos na resistência contra uma força do exército vermelho liderada por Trotski enviada para esmagar a revolta, mas as suas bandeiras pirata continuam por aí. Os que sobreviveram, foram presos nas masmorras russas e nos campos de concentração finlandesas.

" A Makhnovshchina não é Anarquismo. O exército makhnovista não é um exército anarquista, não é formado por anarquistas. O ideal anarquista de felicidade e igualdade para todos não pode ser alcançado através dos esforços de um exército de qualquer espécie, mesmo que tenha sido constituído exclusivamente por anarquistas. O exército revolucionário, no melhor dos casos, poderia ser usado para a destruição do antigo regime; mas para o trabalho construtivo, a construção e a criação, qualquer exército que, logicamente baseado na força e no comando, seria completamente impotente e até mesmo prejudicial. Para que a sociedade anarquista seja possível, é necessário que os próprios trabalhadores, em fábricas e empresas, os camponeses nas aldeias, começam a construir a sociedade anti-autoritária, sem esperar por decretos-leis.
Nem os anarquistas armados, nem os heróis isolados, nem os grupos ou a Confederação anarquista irão criar uma vida livre para os trabalhadores e camponeses. Apenas eles próprios, através de esforços conscientes, irão construir o seu bem-estar, sem Estado e patrão."

"O Caminho para a Liberdade" (orgão da Makhnovshchina)

Carta território
Grupo de anarquistas
ucranianos em 1919

Liberdade ou morte
Marineiros de Kronstadt

terça-feira, 4 de março de 2014

Guerra à guerra! Nem uma única gota de sangue pela “nação”!

Declaração internacionalista contra a guerra na Ucrânia



A luta pelo poder entre os clãs oligárquicos na Ucrânia ameaça transformar-se num conflito armado internacional. O capitalismo russo pretende utilizar a recomposição do poder no Estado Ucraniano de maneira a satisfazer as suas aspirações imperiais e expansionistas de longa data sobre a Crimeia e o leste da Ucrânia, onde detém fortes interesses económicos, financeiros e políticos.

Prevendo a próxima crise económica iminente, o regime tenta alimentar o nacionalismo russo para desviar a atenção dos problemas socio-económicos da classe trabalhadora que estão em crescimento: salários e pensões de miséria, o desmantelamento dos serviços de saúde existentes, a educação e outros sectores da área social. Com a explosão da retórica nacionalista e militante é mais fácil concluir a construção de um Estado autoritário e corporativo assente em valores conservadores reaccionários e em políticas repressivas.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sobre os acontecimentos actuais na Ucrânia

Na Ucrânia, neste momento, está a haver uma luta pelo poder. Nestes acontecimentos têm participado muitos elementos da classe operária, cujos interesses não estão protegidos nem pelo estado nem pelo capital, assim como aqueles cuja situação material é, em geral, dramática, na esperança de que haja uma mudança que assegure um futuro melhor.

Lutar, protestar, fazer greve são reacções normais e positivas contra um sistema injusto e opressivo. A nossa solidariedade está com os trabalhadores e contra todos aqueles que os exploram, governam e confundem, tomando o poder e o controlo das questões que realmente afectam as suas vidas. Não obstante, é difícil não nos darmos conta que estes protestos se resumem a uma luta de poder entre diferentes grupos da burguesia, governantes e aspirantes a governantes, que não vão trazer qualquer benefício às pessoas, mas apenas mudar o nome das camarilhas que governam com o único objectivo de dirigir as vantagens de estar no governo para novos bolsos.

Denunciamos rotundamente a repressão e a violência utilizadas, mas fica claro que não podemos apoiar nenhum dos principais interesses de poder. Estamos igualmente contra o regime repressivo de Yanukovich e contra as principais tendências da “oposição”, que vão desde os euro-entusiastas, que acreditam inocentemente nos mitos neo-liberais, até aos nacionalistas e inclusive grupos fascistóides.

Os governos da União Europeia, apresentados como um tipo de “solução” por parte de alguns ucranianos, podem ser tão repressivos como o de Yanukovich e, como sabem os trabalhadores desses países, não é nada que dê garantias dum nível de vida melhor. Muitas das suas realidade são exactamente o contrário.

O que faz falta é um movimento que combata, ao mesmo tempo, as duas causas principais da miséria e da repressão: o estado e o capital. Fazemos um apelo a todos os trabalhadores e organizações libertárias da Ucrânia para que não se deixem utilizar como peões nem como idiotas úteis pelas principais facções, que convoquem assembleias de massas e criem palavras de ordem e objectivos alternativos para as suas lutas.

Viva a luta até à revolução social libertária!

Secretariado da Associação Internacional de Trabalhadores

Varsóvia, 26 de Janeiro de 2014.


Comunicado do Secretariado da AIT, tradução do Portal Anarquista