quinta-feira, 31 de maio de 2007

Boletim Anarco-Sindicalista nº 23

Já saiu o Boletim Anarco-Sindicalista nº 23 (Maio - Junho de 2007).
Formato PDF para descarregar aqui.

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Apartado 50029
1701 - 001 Lisboa

terça-feira, 29 de maio de 2007

Comunicado sobre a Greve Geral de 30 de Maio

VIVA A GREVE GERAL DE 30 DE MAIO!
GREVE GERAL SIM, MAS GREVE GERAL ACTIVA E COM OCUPAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO!

Ontem com os governos “de direita”, hoje com o governo “de esquerda”, constatamos sempre o mesmo: um cada vez maior enriquecimento dos capitalistas em geral, com a banca, a finança e os grandes grupos capitalistas a ficarem com a parte de leão, à custa do aumento da exploração dos trabalhadores e do agravamento das condições de vida da grande maioria da população. Este facto, que também se deve à própria lógica interna do capitalismo, que se baseia no aumento constante da remuneração dos capitais investidos, é particularmente visível em Portugal, o país da União Europeia em que o fosso entre ricos e pobres mais se acentuou nos últimos anos.

A situação actual apenas vem, mais uma vez, reforçar a convicção dos anarco-sindicalistas de que, se é vital para os trabalhadores e os deserdados em geral, lutarem e organizarem-se para resistir aos ataques de que são alvo e melhorar as suas condições de vida, não é menos importante compreenderem que só poderão acabar de vez com os privilégios e as injustiças a que estão sujeitos, se destruírem o capitalismo e o seu órgão protector, o Estado, e substituírem a sociedade actual, baseada na exploração, na opressão e no princípio da autoridade, por uma forma de organização social baseada na ajuda mútua e na solidariedade e assente na federação livre das comunas livres, a nível local, regional e internacional, uma forma de organização social onde não haja lugar para a existência de privilegiados e deserdados, dirigentes e dirigidos, governantes e governados, organizadores do trabalho dos outros e trabalhadores.

Não podemos ter quaisquer ilusões sobre a possibilidade de reformar o capitalismo (que é sempre portador de miséria, destruição e guerra), de criar o que alguns chamam um capitalismo de rosto humano, ao contrário do que afirmam, quer os partidos políticos, cujo objectivo supremo é a tomada, e a conservação, do poder político e respectivas benesses, quer os sindicatos burocrático-reformistas, apêndices dos partidos políticos e instrumentos da luta eleitoral destes últimos e, eles próprios, aspirantes a desempenhar um papel de peso, a par do patronato e do governo, na organização e gestão das empresas e na chamada concertação social. Partidos e sindicatos esses que, como é notório, vão criando ao longo do tempo uma vasta casta dirigente e privilegiada de políticos e burocratas sindicais, os quais progressivamente se afastam daqueles que chegaram a considerá-los como seus meros mandatários, transformando-se em políticos e burocratas sindicais profissionais.

O capitalismo é irreformável, e nós apelamos à classe trabalhadora a autoorganizar-se em COMISSÕES E CONSELHOS DE TRABALHADORES POR LOCAL DE TRABALHO de forma a tomar em mãos o seu próprio destino, abrindo o caminho à supressão completa da opressão estatal e capitalista, à REVOLUÇÃO SOCIAL LIBERTÁRIA, IGUALITÁRIA E EXPROPRIADORA.

ABAIXO O CAPITALISMO E O ESTADO!
VIVA A GREVE GERAL ACTIVA E COM OCUPAÇÃO
VIVA O ANARCO-SINDICALISMO!
VIVA O COMUNISMO LIBERTÁRIO!


26/Maio/2007
Comissão de Relações da AIT-SP