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domingo, 8 de maio de 2016

1º de Maio: Fotos + Texto 'Estudantes na Luta!'



O 1º de Maio Combativo partiu da Praça do Rossio, passando pelo Pingo Doce denunciando a exploração praticada pelo grupo Jerónimo Martins, pelo McDonalds, e terminando em assembleia no ponto de partida.

1º de Maio Combativo: Estudantes na luta!
Qualquer que seja o partido ou coligação no poder, a ou o presidente, o ensino atual continuará a resumir-se à produção de mão-de-obra para um sistema económico e social que a cada dia acelera o seu processo de autodestruição.
Estarmos dependentes de uma organização hierárquica que servirá sempre os interesses da classe dominante não é aceitável. Muitos são os engenhos que nos bloqueiam, atrasam e limitam o desenvolvimento das nossas capacidades, desde a mercantilização da educação, a participação estudantil burocratizada, os exames nacionais, ao próprio programa imposto do Ministério da Educação.
As escolas de pedagogia alternativa, não necessariamente libertária, provam que outro tipo de método é possível, porém estas não conseguem remover um factor que enquanto vivermos em capitalismo iremos sempre sentir: o mercado de trabalho. Um mercado de trabalho onde reina a exploração, a competição e a precariedade.
Convencemo-nos assim que a luta por uma educação verdadeiramente livre tem de estar aliada à luta pela emancipação da classe trabalhadora e à abolição do Estado.
Juntos e juntas dizemos não à lógica do Estado e do mercado.
Juntos e juntas podemos criar uma alternativa, anticapitalista e antiautoritária.

Coletivo Estudantil Libertário de Lisboa, CEL_Lisboa

terça-feira, 26 de abril de 2016

Rumo às portas que Abril abriu - CEL_Lisboa



Fotografias do Bloco Libertário + Jacobichas de 25 de Abril de 2016


  Ao contrário do que podemos ouvir por algumas ruas, não precisamos de um novo 25 de Abril. Sendo que este correspondeu à passagem de uma ditadura para uma democracia representativa que a cada instância se demonstra ineficaz para garantir a liberdade dos portugueses, seria impensável apoiarmos tal slogan, ou ainda o “25 de Abril sempre”; para sempre neste impasse não desejamos ficar.
  Daqui escrevem alguns daqueles e daquelas que já nasceram com muito do que aquele golpe podia dar: liberdade de expressão, privilegiada se monopolizarmos os média; de associação, mesmo tendo nós de subjugar-nos ao monopólio estatal; um estado de bem-estar social que nos capacitou para escrevermos este texto e que nos manteve saudáveis o suficiente para sermos servos da classe dominante, mas que começa a travar com as emboscadas neoliberais, etc.
  Como já deveríamos todos e todas saber, não só de sistemas políticos vive o ser humano. Não vale a pena falarmos de cumprir a Constituição quando o capitalismo lhe coloca proibições estruturais aos seus valores, ou talvez até por em certos pontos estar desatualizada à experiência que já desenvolvemos. Significa isto conformar-mo-nos ao reformista que se multiplica com os seus “A democracia é o melhor entre os piores sistemas”, “Mal menor”, “No meio está a virtude”? Claro que não! Celebram esta data com o mesmo pensamento que a fez chegar tão tarde, “é melhor assim do que como era antes”. O fado que nos cantam sobre esta ser a única opção, não está só caducado, é um fado medroso. É um fado do medo à ditadura política quando prevalece a ditadura dos mercados, que em tudo limita a vida política! É um fado ao profissionalismo que nos dispersa, que nos afasta das nossas comunidades e dos nossos problemas.
  “Se os jovens quiserem mudar qualquer coisa, os velhos soltarão um grito de alarme contra os inovadores. Aquele selvagem preferiria deixar-se matar a transgredir o costume do seu país, porque desde a infância lhe disseram que a menor infracção aos costumes estabelecidos lhe traria desgraça, causaria a ruína de toda a tribo. E ainda hoje, quantos políticos, economistas, e pretensos revolucionários agem sob a mesma impressão, agarrando-se a um passado que se vai embora! Quantos não têm outra preocupação senão procurar precedentes! Quantos fogosos inovadores não passam de simples copistas das revoluções anteriores!”
  - Piotr Kropotkin em "A Lei e a Autoridade"
  Se as portas se abriram, não fiquemos por aqui. Organizemo-nos para o combate da opressão que ainda prevalece; tirando as correntes que nos prendem, nada temos a perder.
  Colectivo Estudantil Libertário de Lisboa

terça-feira, 5 de abril de 2016

2º dia de Solidariedade Internacional com os "Títeres desde abajo"


Ato de sensibilização e solidariedade pela absolvição dos "Títeres desde Abajo", marcando o dia 5 de Abril, 2º dia de Solidariedade Internacional para com a luta dos mesmos, com participação da AE António Arroio, CEL_Lisboa e Núcleo de Lisboa da AIT-SP.

Arte não é terrorismo - Libertad Titiriteros!

    No dia 5 de Fevereiro foram presos dois marionetistas espanhóis, o grupo “Títeres desde abajo”, pela apresentação de um teatro de rua satírico no Carnaval de Madrid tendo as autoridades considerado o espetáculo “apologia ao terrorismo”, devido à presença de um cartaz “Gora Alka-ETA” que fazia alusão à manipulação policial precisamente sobre este tema.
     A detenção de Raúl Garcia e Alfonso Lázaro provocaram uma onda de solidariedade que os libertou, porém recaem sobre eles ainda as acusações de “enaltecimento ao terrorismo” e de “delito às liberdades individuais”, ficaram sem passaporte, e têm de se apresentar periodicamente às autoridades (cada 15 dias no caso de Raúl, e cada 30 dias no caso de Alfonso).
  Exigimos a absolvição das acusações, sendo que o único “delito às liberdades individuais” presente nesta história é a violação da liberdade de expressão, praticada pelo Estado Espanhol que os condena, e o único terror, suscitado pelo autoritarismo que tenta calar as vozes discordantes.


Texto subscrito por:
Associação de Estudantes da Escola Artística António Arroio
Colectivo Estudantil Libertário de Lisboa
Núcleo de Lisboa da Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores