Mostrar mensagens com a etiqueta Greve Geral. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Greve Geral. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobre a situação dos trabalhadores transferidos pelo Minipreço

Tivemos conhecimento de que os 4 trabalhadores injustamente transferidos pelo supermercado Minipreço da Rua Miguel Bombarda (Porto), por terem aderido à greve geral, terão aceite o acordo assinado pela Comissão Sindical CESP/CGTP-IN com a administração do Minipreço, segundo o qual poderão escolher as lojas próximas das suas residências onde serão integrados.

Consideramos que este resultado só foi possível devido à mobilização de várias pessoas solidárias com estes trabalhadores e ao início de boicote aos supermercados Minipreço.

Vamos estar atentos ao cumprimento do prometido pela administração do Minipreço e apelamos a todos os trabalhadores para não se deixarem intimidar pelo terrorismo patronal.

Nem mais uma agressão patronal sem resposta!

Associação Internacional dos Trabalhadores
Secção Portuguesa - Núcleo de Lisboa

27/08/2013

sábado, 27 de julho de 2013

Resumo das acções de solidariedade com os trabalhadores do Minipreço

Na quinta-feira, dia 25, a partir das 19h, realizaram-se acções no Porto, Lisboa, Setúbal e Faro, em solidariedade com os 4 trabalhadores do supermercado Minipreço da Rua Miguel Bombarda (Porto) transferidos por terem aderido à Greve Geral de 27 de Junho. As acções foram convocadas na Internet e realizadas por iniciativa de pessoas solidárias.

- No Porto, entre as 19h e as 21h, as caixas de pagamento do Minipreço da Rua Miguel Bombarda estiveram bloqueadas, o livro de reclamações foi preenchido massivamente por mais de 100 pessoas e os clientes foram sensibilizados para o caso. Nos dias anteriores, já tinham sido colados cartazes de solidariedade nas imediações desta loja do Minipreço.

- Em Lisboa, cerca de duas dezenas de pessoas concentraram-se em frente ao Minipreço da Rua Carlos Mardel, por baixo dos escritórios desta empresa. Foram distribuídas centenas de comunicados às pessoas que entravam na loja, que iam sendo informadas sobre a situação dos 4 trabalhadores do Minipreço do Porto. Foram vários os clientes que manifestaram a sua indignação e desistiram de fazer compras no supermercado.

- Em Setúbal, foram distribuídos cerca de 400 panfletos de solidariedade com os trabalhadores do Minipreço e com os estivadores do porto de Lisboa a clientes de duas lojas do Minipreço (5 de Outubro e Av. Guiné-Bissau) bem como a muitas outras pessoas nas ruas circundantes e em automóveis estacionados.

- Em Faro, foram distribuídos 80 comunicados aos clientes e trabalhadores do Minipreço da Praça Ferreira de Almeida. Os trabalhadores de um restaurante próximo solidarizaram-se, preenchendo o livro de reclamações do Minipreço.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Sobre uma nota da Comissão Sindical CESP/CGTP-IN

Reproduzimos abaixo uma nota proveniente da Comissão Sindical CESP/CGTP-IN, na empresa Dia/Minipreço, relativa à campanha de boicote iniciada contra essa cadeia de supermercados no seguimento da transferência forçada de quatro trabalhadores por terem tomado parte na última greve geral, a 27 de Junho.

Por uma simples questão de solidariedade de classe, sem a qual a luta dos trabalhadores estará invariavelmente condenada ao isolamento e à derrota, somos perfeitamente indiferentes à acusação de nada termos a ver com os trabalhadores do grupo ou seus representantes. É importante que situações como a do Minipreço comecem a ser alvo de uma resposta contundente por parte dos trabalhadores, não apenas dos directamente implicados, mas de todos. Só dessa forma se poderá pôr cobro à impunidade de que gozam actualmente os patrões em tantas empresas e que fazem com que, para tantos trabalhadores, todos os direitos que as leis prevêem e os sindicatos defendem não passem de uma miragem.

Também não nos podem escapar as limitações de uma organização sindical que, ao tomar conhecimento de uma acção de solidariedade para com trabalhadores reprimidos por terem feito greve, tem por única resposta um escasso comunicado onde condena a acção e procura desmarcar-se dela. Uma vez que nada é dito a esse respeito, só nos podemos interrogar sobre o que, no entender da mesma comissão, ajuda à resolução dos problemas que afectam os trabalhadores da empresa que, aparentemente, pretende tornar em seu exclusivo monopólio.

A Comissão Sindical (CESP/CGTP-IN) dos Trabalhadores da DIA/Minipreço repudia os anúncios de boicote às lojas da empresa

A Comissão Sindical CESP/CGTP-IN, na empresa Dia Portugal Supermercados, vem desta forma repudiar o boicote que algumas organizações, que nada têm a ver com os trabalhadores do grupo ou seus representantes, estão a desenvolver contra as lojas desta empresa.

Este tipo de acções, não ajudam à resolução dos problemas que afectam os trabalhadores da empresa.

Fontes: [1] [2]

Associação Internacional dos
Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Boicote aos supermercados Minipreço! Solidariedade com os trabalhadores transferidos por fazerem greve!

Concentração de solidariedade na sede do Minipreço em Lisboa - 25 Julho - 19h. R. Carlos Mardel, 49 - Lisboa (junto ao Mercado de Arroios)

No passado 27 de Junho, 4 trabalhadores do supermercado Minipreço da Rua Miguel Bombarda, no Porto, aderiram à Greve Geral, tendo esta loja permanecido encerrada durante esse dia.

Nos dias seguintes, apesar de todos os trabalhadores terem o direito a fazer greve, a administração do Minipreço resolveu punir estes 4 trabalhadores, transferindo-os para outras lojas da empresa na Maia e em Vila Nova de Gaia e dizendo-lhes que este era o castigo por terem participado na Greve Geral e um exemplo para que os restantes trabalhadores do grupo não façam greve.

A administração do Minipreço, tal como tantas outras entidades patronais neste país, pensa que poderá ficar impune apesar de desrespeitar um direito básico de todos os trabalhadores. Cabe-nos a nós, trabalhadores solidários, demonstrar que não vamos continuar a deixar que os patrões nos pisem, seja no Minipreço ou em qualquer outra empresa.

Apelamos, portanto, ao BOICOTE AOS SUPERMERCADOS MINIPREÇO e a todo o tipo de ACÇÕES SOLIDÁRIAS que façam a administração do Minipreço ceder e reintegrar os trabalhadores transferidos na loja de onde foram transferidos.

Nem mais uma agressão patronal sem resposta!
Unidos e auto-organizados, nós damos-lhes a crise!


Associação Internacional dos
Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sobre a carga policial em São Bento

No dia 14 de Novembro, na maior manifestação em dia de greve geral, os chefes da polícia, o ministro da administração interna e outros políticos tentaram justificar a carga policial sobre os manifestantes em São Bento, dizendo que as "forças de segurança" tinham sido muito tolerantes porque durante mais de uma hora “com serenidade e firmeza” levaram com pedras e garrafas atiradas por “meia dúzia de profissionais da provocação”.

Houve várias pessoas a atirar pedras e outros objectos ao cordão policial que defendia o Parlamento e não só eram bem mais do que meia dúzia, como muitos outros permaneceram por ali bastante tempo, sem arredar pé.

Também é verdade que houve uma carga violentíssima sobre os manifestantes, homens, mulheres, idosos, crianças, tudo o que se mexia foi varrido, atirado ao chão, ameaçado com gritos e balas de borracha. Houve ainda uma perseguição por várias ruas, onde se prenderam pessoas indiscriminadamente. Dezenas de pessoas foram identificadas sem saberem porquê. Nas esquadras não lhes foi dada a possibilidade de falar com um advogado, ir ao wc ou até de receber assistência médica.

Sobre a repressão policial temos apenas a dizer o seguinte: violência não é atirar pedras contra o corpo de intervenção, protegido com os seus fatos especiais, capacetes, escudos, cassetetes e armas. Violência não é a revolta de quem trabalha e não tem dinheiro suficiente para viver, de quem nem trabalho tem e desespera à procura, de quem passa fome, dos idosos que vêem as suas pensões reduzidas, de quem não explora ninguém e vive uma vida inteira a ser explorado pelos mesmos de sempre: políticos, banqueiros e empresários. Violência não é atacar a polícia quando esta defende o sistema ao qual pertence: o Estado, esse mesmo Estado que concedeu um aumento salarial de 10% para as forças de intervenção enquanto milhares de pessoas vivem em pobreza e outros para lá caminham.

domingo, 11 de novembro de 2012

GREVE GERAL - 14 NOVEMBRO ESPANHA E PORTUGAL: OS MESMOS ROUBOS, A MESMA LUTA!

A AIT-SP e a CNT-AIT apelam conjuntamente à participação de todos os trabalhadores ibéricos, com ou sem trabalho, na greve geral de 14 de Novembro, porque em ambos os países:

- governos e patronato recorrem a medidas de austeridade com o pretexto do combate à “crise”, que são autênticos roubos e intensificação da exploração da classe trabalhadora e aos sectores da população mais fragilizados;

- os governos sobem os impostos aos trabalhadores, diminuem-lhes os salários e reduzem direitos conquistados no passado com as suas lutas;

- os governos cortam nas pensões, nos subsídios de desemprego e nos vários apoios sociais, pagos de antemão pelos trabalhadores com os seus descontos, passando-se o mesmo tanto na saúde como na educação, em benefício sempre dos mesmos: o capital financeiro e o patronato em geral;

- os bancos recebem apoio financeiro do Estado enquanto as pessoas são obrigadas a entregar as suas casas aos bancos; o desemprego atinge mais de cinco milhões de pessoas em Espanha e cerca de um milhão em Portugal e a maioria da população enfrenta diariamente uma vida de pobreza e exploração;

- a economia capitalista e o Estado favorecerão sempre o patronato e os ricos, porém são os trabalhadores os verdadeiros produtores da riqueza social.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

14 de Novembro – Mobilizações, greves gerais, acções directas e solidariedade!

Declaração do Secretariado Internacional da AIT

Os cortes austeritários sucedem-se continuamente – degradando as condições de vida dos trabalhadores, o seu objectivo é esmagar e/ou enfraquecer a sua capacidade de organização e luta. O lucro é privatizado e os ricos estão cada vez mais ricos, mas os custos, os riscos e a opressão são socializados!

O sindicato burocrático CGTP convocou uma greve geral em Portugal e os sindicatos CCOO e UGT convocaram uma greve geral em Espanha contra as medidas de austeridade para o dia 14 de Novembro. Para este mesmo dia, greves gerais estão a ser convocadas em Itália, Grécia, Malta, Chipre, etc., integradas num Dia de Acção da Confederação Europeia de Sindicatos.

A posição da AIT e das suas secções e amigos é a de que não estamos apenas contra o governo da “troika” e as medidas de austeridade, mas contra a sociedade de classes e contra um sistema económico e social fundado na exploração do trabalho assalariado e na destruição ambiental. Estamos a favor da auto-organização e da auto-emancipação e, por isso, a nossa luta processa-se fora das estruturas de colaboração de classes e dirige-se contra as mesmas.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sobre a mentalidade policial que se instala

Todos conhecemos o termo «mentalidade policial». No caso do inspector Magina da Silva, responsável máximo pelo sinistro Corpo Especial de Polícia, tal mentalidade não denotaria mais do que uma deformação profissional espectável e pouco merecedora de comentários adicionais.

O que vem efectivamente causar espanto e merecer comentário são as declarações deste inspector sobre os acontecimentos de 22 de Março último. Assim, coisas que ficaram mal na fotografia, como aquele polícia que, entre todos os episódios de violência protagonizados quotidianamente por tantos colegas seus, teve o infortúnio de ter sido apanhado em flagrante a bater na jornalista com o bastão virado ao contrário, ou as inúmeras cabeças partidas que resultaram da intervenção policial no Largo do Chiado, são varridas para o seu lugar de direito, ou seja, para debaixo do tapete e, uma vez mais, iça-se, porque de outro pano não se dispõe, o esfarrapado espectro do «potencial de violência» de certos grupos de manifestantes para se justificarem derivas pidescas – ou, se quisermos tratar os bois pelos nomes e não ajudarmos a alimentar determinadas ilusões, democráticas, estatistas, autoritárias e burguesas – de controlo e repressão.

terça-feira, 20 de março de 2012

22 Março – GREVE GERAL: a sério só com OCUPAÇÃO das EMPRESAS, das RUAS e das PRAÇAS!

“A libertação d@s trabalhadoras/es só pode ser obra d@s própri@s” – e não de presidentes, ministros e deputados - ou não será libertação nenhuma!… (Máxima da antiga CGT -Confederação Geral do Trabalho portuguesa, anarco-sindicalista, destruída pelo fascismo salazarista nos anos 30 e 40 e hoje também o lema da AIT-SP (Associação Internacional d@s Trabalhadoras/es – Secção Portuguesa).

Qualquer PARTIDO não fará mais do que substituir um governo por outro! E os governos, mesmo que constituídos por ditos “representantes” do povo… GOVERNAM-SE A ELES! Porque os REPRESENTANTES dos trabalhadores NÃO SÃO OS PRÓPRIOS TRABALHADORES e quando sem o controlo pela MAIORIA do povo, em ASSEMBLEIAS LOCAIS, tenderão sempre a acumular privilégios, a afastar-se do povo e a transformar-se em novos burgueses burocratas!

Quase 50 anos de fascismo salazarista (1926 a 1974) e quase 40 de “democracia representativa” (1974 a 2012) chegam-nos para ver como alguns “representam” bem no pior dos teatros: o da MENTIRA e DA ROUBALHEIRA legal em que tanto o parlamento, como os vários parlamentosinhos locais (assembleias municipais e de freguesia) se transformaram!

Hoje, só a DEMOCRACIA DIRECTA dos trabalhadores e do povo, como chegou a funcionar logo após o 25 de Abril de 74, em ASSEMBLEIAS SOBERANAS em empresas e bairros, poderá evitar, que quaisquer representantes eleitos se corrompam e possam ser então imediatamente revogáveis e substituídos por outros, se a maioria assim o entender, não se podendo colocar acima dos que os escolheram para qualquer tarefa , mas sim sendo apenas PORTA VOZES e APLICADORES da vontade de todos!...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Acerca da condenação de manifestantes detidos no dia da Greve Geral

Ao tomarmos conhecimento da condenação de duas das nove pessoas detidas durante a manifestação de 24 de Novembro em frente à Assembleia da República, não podemos deixar de expressar a nossa solidariedade com as mesmas. Não conhecemos nenhuma das pessoas detidas e julgadas, e ignoramos os pormenores do processo que o Estado engendrou contra as mesmas, mas entendemos que isso pouco importa, pois entendemos que no lugar dessas pessoas poderia estar qualquer um de nós, que participámos nas mobilizações e manifestações da Greve Geral. E compreendemos como é dura a experiência de ser aprisionado, julgado e condenado por lutar contra a injustiça e a exploração.

Assistimos, desde o dia da Greve Geral, a uma campanha mediática, lançada pelas autoridades policiais com a cumplicidade da “comunicação social”, que pretendeu retratar todos os manifestantes que transgrediram os limites legais impostos à contestação, no dia 24 de Novembro, como “perigosos radicais anarquistas”. Pretendeu-se com isto justificar a acção da polícia – particularmente a conduta de um agente à paisana filmado a espancar um manifestante detido –, deslegitimar e isolar qualquer forma de protesto fora do quadro legal e preparar o caminho para a repressão.

Certamente, as autoridades entenderão que podem facilmente alargar a repressão a que já vêm submetendo os anti-autoritários, nos últimos anos, a uma camada mais vasta de revoltados, bastando para tal atribuir-lhes o rótulo de “anarquistas” e, para reforçar, porque não, “violentos”, “perigosos”, “extremistas”, “radicais”, “cadastrados”… A verdade é que, neste campo, o da repressão policial contra a resistência à violência institucionalizada do Estado, desde que vimos a polícia a dispersar ao tiro uma manifestação anarquista no último 1º de Maio em Setúbal, podemos dizer que já pouco nos surpreende.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Comunicado do Grupo de Apoio Legal aos detidos durante a Greve Geral de 24 de Novembro

Considerando a manifestação de 24 de Novembro em Lisboa, dia de greve geral, os momentos de brutalidade policial que aí ocorreram, a difusão mediática destes acontecimentos e a natureza das acusações formuladas contra os manifestantes, sentimo-nos obrigados a reclamar o "direito de resposta" para impedir a calúnia gratuita e a perseguição política.

Acreditamos, por aquilo que vemos, ouvimos e lemos todos os dias, que a televisão e os jornais são poderosos meios de intoxicação, de controlo social e de propagação da ideologia e do imaginário capitalista. A maioria das vezes recusamo-nos a participar no jogo mediático. Desta vez a natureza e gravidade das acusações impele alguns de nós a escrever este comunicado. A leitura que fazemos da realidade e daquilo que é dito sobre os acontecimentos do dia da greve geral tornam evidente que:

I. Está em curso acelerado a mais violenta banalização de um estado policial com recurso a agentes infiltrados, detenções arbitrárias, espancamentos, perseguições, bem como a justificação política de detenções e a construção de processos judiciais delirantes sustentados em mentiras.

II. Sobe de escala a montagem jornalístico-policial que visa incriminar, perseguir e reprimir violentamente - veremos mesmo se não aprisionar - pessoas que partilham um determinado ideário político, pelo simples facto de partilharem esse ideário. A colaboração entre jornalistas e polícias na construção de um contexto criminalizante tem o seu expoente máximo nas narrativas delirantes da admirável Valentina Marcelino do Diário de Notícias e das suas fontes, como José Manuel Anes do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.

III. A participação na construção deste discurso por parte de inúmeras instâncias de poder, desde sindicatos e partidos até ao mais irrelevante comentador de serviço, cria o clima ideal para que o anátema lançado sobre os "anarquistas" ou os "extremistas de esquerda" ajude a legitimar a montagem de processos judiciais, a invasão de casas, as detenções sumárias. Ao contrário do que a maioria pensa, são realidades com as quais convivemos há já algum tempo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um relato sobre Greve Geral de 24 de Novembro: Acções da AIT-SP em Lisboa e no Porto

Esta foi a primeira greve geral convocada conjuntamente pela CGTP e pela UGT nos últimos 22 anos e isto, por si só, deveria lançar alguma luz sobre a situação social neste país. De facto, a conflitualidade social em Portugal é bastante baixa e o número de greves tem vindo mesmo a descer nos últimos 30 anos, apesar da degradação da situação da classe trabalhadora. As taxas de sindicalização também tendem a baixar, dado que as duas principais centrais sindicais portuguesas, controladas por partidos políticos, servem mais para tranquilizar e conter os conflitos do que para lutar contra a exploração, e isto não tem passado despercebido.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Porque não há uma greve geral?

Todos sabemos que a greve geral marcada para o dia 24 de Novembro não resultará numa paragem total da economia capitalista, ou seja, numa verdadeira greve geral. Mas também sabemos que isso não se deve à discordância da maioria dos trabalhadores com a necessidade de protestar ante as injustiças e a exploração de que são alvos ou com a greve como forma de luta.

Que trabalhador, a quem ainda reste um pouco de dignidade, não acredita que é necessário protestar contra a situação de precariedade e miséria a que se encontra submetida a maioria dos trabalhadores neste país, causando algum dano àqueles que são os seus principais responsáveis e beneficiários – a classe política e patronal?

Que trabalhador, a quem ainda reste um pouco de dignidade, não sente uma raiva a crescer-lhe nos dentes quando ouve os mesmos facínoras de sempre, com a barriga cheia de luxos e privilégios, a pedirem-lhe nova dose de sacríficios?

Mas então, porque não há uma greve geral?