[Informe escrito em 19/10/2010 por membros de Paris da CNT-AIT, secção da AIT em França, sobre as recentes mobilizações populares. A tradução é da Agência de Notícias Anarquistas do Brasil]
A situação na França está subindo de temperatura:
Por um lado, os jovens alunos estão participando efetivamente da luta. O governo teme que essa situação possa levar a um "cenário grego". Em 2006, a luta dos estudantes contra a "reforma do CPE" conseguiu derrubar uma lei que tinha sido aprovada.
A juventude francesa, que está sob repressão policial constante, expressa agora a sua raiva contra o sistema e especialmente contra a polícia. Houve alguns confrontos muito duros contra os agentes antidistúrbios nas cidades mais populares, nos subúrbios ao redor de Paris, mas também em cidades de toda a França.
Num primeiro momento, o governo criticou os jovens por serem manipulados e disseram que o lugar deles era na sala de aula, não na rua. Mas como o governo aprovou uma lei anos atrás que estabelecia que os adolescentes podiam ser penalmente responsáveis pelos seus atos, a juventude respondeu que se eles tinham idade suficiente para ir para a cadeia com 13 anos, também podiam discutir política e se manifestar nas ruas.
Agora o governo está tentando incitar o medo dos "jovens delinqüentes" que participam do movimento apenas para quebrar tudo e pela violência. Mas, na realidade, esses argumentos não funcionam muito bem (até agora) e as pessoas continuam apoiando o movimento.
Ademais, os trabalhadores em determinados setores estratégicos, como transportes, portos e transportes de combustível, essencialmente, mantém sua greve e até mesmo aumentaram o seu nível de luta.
Pelo menos dois terços dos depósitos de combustíveis foram deixados vazios (em parte pelo bloqueio, em parte porque as pessoas estavam com medo da escassez e correram para as bombas de gasolina... este sentimento irracional de pânico foi uma grande ajuda para os grevistas pela confusão que foi criada).
A rede de abastecimento esteve prestes a entrar em colapso. Isso levaria a um colapso total da economia, assim o próprio presidente decidiu hoje enviar o exército e a polícia para interromper o bloqueio. Os trabalhadores decidiram evitar o confronto e continuar a luta por outros meios.
Além disso, vemos o início da auto-organização em algumas áreas e cidades. Mesmo que isso ainda não tenha um caráter massivo pode ter um impacto significativo no movimento geral.
Por um lado, os jovens alunos estão participando efetivamente da luta. O governo teme que essa situação possa levar a um "cenário grego". Em 2006, a luta dos estudantes contra a "reforma do CPE" conseguiu derrubar uma lei que tinha sido aprovada.
A juventude francesa, que está sob repressão policial constante, expressa agora a sua raiva contra o sistema e especialmente contra a polícia. Houve alguns confrontos muito duros contra os agentes antidistúrbios nas cidades mais populares, nos subúrbios ao redor de Paris, mas também em cidades de toda a França.
Num primeiro momento, o governo criticou os jovens por serem manipulados e disseram que o lugar deles era na sala de aula, não na rua. Mas como o governo aprovou uma lei anos atrás que estabelecia que os adolescentes podiam ser penalmente responsáveis pelos seus atos, a juventude respondeu que se eles tinham idade suficiente para ir para a cadeia com 13 anos, também podiam discutir política e se manifestar nas ruas.
Agora o governo está tentando incitar o medo dos "jovens delinqüentes" que participam do movimento apenas para quebrar tudo e pela violência. Mas, na realidade, esses argumentos não funcionam muito bem (até agora) e as pessoas continuam apoiando o movimento.
Ademais, os trabalhadores em determinados setores estratégicos, como transportes, portos e transportes de combustível, essencialmente, mantém sua greve e até mesmo aumentaram o seu nível de luta.
Pelo menos dois terços dos depósitos de combustíveis foram deixados vazios (em parte pelo bloqueio, em parte porque as pessoas estavam com medo da escassez e correram para as bombas de gasolina... este sentimento irracional de pânico foi uma grande ajuda para os grevistas pela confusão que foi criada).
A rede de abastecimento esteve prestes a entrar em colapso. Isso levaria a um colapso total da economia, assim o próprio presidente decidiu hoje enviar o exército e a polícia para interromper o bloqueio. Os trabalhadores decidiram evitar o confronto e continuar a luta por outros meios.
Além disso, vemos o início da auto-organização em algumas áreas e cidades. Mesmo que isso ainda não tenha um caráter massivo pode ter um impacto significativo no movimento geral.