sexta-feira, 2 de maio de 2014

Relato do 1º de Maio em Lisboa


Em Lisboa, cerca de 30 pessoas juntaram-se à concentração “Por um 1º de Maio combativo, contra a 'festa' da miséria” convocada pelo Núcleo de Lisboa da AIT-SP. A concentração permaneceu cerca de uma hora na Praça D. Pedro IV (Rossio), tendo depois arrancado em manifestação, ocupando a rua e cortando o trânsito. Esta manifestação não foi comunicada às autoridades.

A manifestação rumou em direcção ao Pingo Doce da Rua 1º de Dezembro. Aqui tentou-se bloquear a entrada da loja em protesto contra o facto de esta cadeia de supermercados obrigar os seus funcionários a trabalharem no dia 1º de Maio, lançando ainda campanhas de promoções com o objectivo claro de depreciar este dia de luta dos trabalhadores.
A segurança do supermercado rapidamente encerrou as portas do estabelecimento e chamou a polícia. A continuação do bloqueio das entradas da loja foi impedida pela polícia que afastou os manifestantes com ligeiros empurrões. Foram gritadas frases como “Não negociamos a nossa escravidão, a vida é nossa não é do patrão” ou “Anti-capitalistas”.

A manifestação voltou depois ao Rossio, onde se deu a invasão de uma loja da cadeia McDonald’s, com distribuição de comunicados aos trabalhadores, o chão inundado de panfletos que eram atirados para o ar, e gritos de “Não te rebaixes ao patrão” ou “Trabalhadores unidos jamais serão vencidos”.

De seguida, a manifestação dirigiu-se ao Martim Moniz, continuando-se a gritar palavras de ordem como “Ninguém é ilegal” e “Nazis, fascistas, chegou a vossa hora; os imigrantes ficam e vocês vão embora”. Aqui deu-se por terminado o percurso.