Não podemos continuar a aceitar passivamente o nosso empobrecimento, para que uma pequena elite continue a ter lucros fabulosos. Apesar de nos apresentarem estas medidas de austeridade como inevitáveis, é possível dizer basta!
A maioria da população, sobretudo os pobres, sempre esteve em crise. Porque a “crise” verdadeira é a existência do actual sistema de Capitalismo e de Estado; porque, para os governantes, gestores e patrões continuarem a enriquecer, é preciso que haja muita miséria e desemprego para pressionar-nos a aceitar as mais miseráveis condições.
Não podemos delegar a nossa capacidade de lutar em ninguém. É preciso correr com os parasitas, mas não pôr lá outros!
Toda a luta deve ser auto-organizada. Com aqueles que sofrem os mesmos problemas que nós, podemos criar grupos, assembleias, movimentos, sindicatos auto-organizados e lutar directamente, sem recurso a intermediários ou representantes, tendo ao nosso lado apenas iguais, não renunciando a métodos, hoje malditos mas que já provaram a sua eficácia, como o bloqueio, a sabotagem, a greve ‘selvagem’ e, acima de tudo, a solidariedade e o apoio-mútuo entre explorados e oprimidos em luta. É preciso levar a resistência a todos os locais onde há exploração e injustiça!
Unidos e auto-organizados, nós damos-lhes a «crise»!
Associação Internacional dos Trabalhadores - Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa