No passado dia 11 de Novembro, depois duma operação policial com 150 polícias antiterroristas, 1 helicóptero, cães-polícias, e também dezenas de jornalistas, foram detidas vinte pessoas em quatro locais da França (Paris, Rouen, no Este, e numa pequena aldeia do centro chamada Tarnac, onde algumas delas moram numa quinta comunitária), tendo ficado 10 detidas para interrogatórios. Presentemente 9 pessoas estão a ser acusadas, sem provas, de “associação de malfeitores” e “terrorismo” por alegadas sabotagens nas linhas do T.G.V, permanecendo duas em prisão preventiva.
A questão de Tarnac não é um erro judicial. Não somente, pelo menos. É uma ilustração, a mais flagrante por ser a primeira, daquilo que se tornou a lei no momento do antiterrorismo. Quando o estado de excepção deixa de ser uma profecia para se tornar efectiva e visivelmente o regime em que vivemos. E claro que o facto de serem acusados de “terrorismo” faz parte de uma estratégia estatal para os isolar e os separar do resto da sociedade. Quem deseja apoiar pessoas que querem espalhar o terror? É, também, uma maneira de alimentar ainda mas o medo estrutural relativamente ao mundo do Capital e de aparecer como o único protector. “Não tenham medo dos terroristas (ou dos imigrantes, dos jovens, dos sem tecto, dos ladrões…), estamos aqui para vos proteger”, diz o Estado. Nos tempos actuais, quando a democracia já não faz sonhar muita gente, perante a ideia de que o principal objectivo da vida seja trabalhar e comprar mercadorias – o que já vem sendo questionado tanto na teoria como na prática – quando a crise já não é só económica mas também ecológica, ética, social – para usar o vocabulário da sociologia – e parece cada vez mas incontrolável, o Estado tem de apertar o controlo sobre pessoas à sua volta.
Por toda a França e em outros países, foram criados comités de apoio. Existe uma proposta do comité de apoio de Tarnac (www.soutien11novembre.org) no sentido de organizar durante dez dias, de 15 a 25 de Janeiro, o máximo de iniciativas, concertos, projecções, debates, com o objectivo de não deixar esta questão cair no esquecimento, para que sejam reavaliadas as acusações que pesam sobre os nossos companheiros e também para que sejam libertados os que se encontram presos. Isto permitirá igualmente anunciar e preparar uma grande manifestação nacional para dia 31 de Janeiro, em Paris.
Debate/conversa sobre a situação dos companheiros franceses acusados de terrorismo por alegadas sabotagens nas linhas do T.G.V.
16 Janeiro, 21h, no Centro de Cultura Libertária
Centro de Cultura Libertária
A questão de Tarnac não é um erro judicial. Não somente, pelo menos. É uma ilustração, a mais flagrante por ser a primeira, daquilo que se tornou a lei no momento do antiterrorismo. Quando o estado de excepção deixa de ser uma profecia para se tornar efectiva e visivelmente o regime em que vivemos. E claro que o facto de serem acusados de “terrorismo” faz parte de uma estratégia estatal para os isolar e os separar do resto da sociedade. Quem deseja apoiar pessoas que querem espalhar o terror? É, também, uma maneira de alimentar ainda mas o medo estrutural relativamente ao mundo do Capital e de aparecer como o único protector. “Não tenham medo dos terroristas (ou dos imigrantes, dos jovens, dos sem tecto, dos ladrões…), estamos aqui para vos proteger”, diz o Estado. Nos tempos actuais, quando a democracia já não faz sonhar muita gente, perante a ideia de que o principal objectivo da vida seja trabalhar e comprar mercadorias – o que já vem sendo questionado tanto na teoria como na prática – quando a crise já não é só económica mas também ecológica, ética, social – para usar o vocabulário da sociologia – e parece cada vez mas incontrolável, o Estado tem de apertar o controlo sobre pessoas à sua volta.
Por toda a França e em outros países, foram criados comités de apoio. Existe uma proposta do comité de apoio de Tarnac (www.soutien11novembre.org) no sentido de organizar durante dez dias, de 15 a 25 de Janeiro, o máximo de iniciativas, concertos, projecções, debates, com o objectivo de não deixar esta questão cair no esquecimento, para que sejam reavaliadas as acusações que pesam sobre os nossos companheiros e também para que sejam libertados os que se encontram presos. Isto permitirá igualmente anunciar e preparar uma grande manifestação nacional para dia 31 de Janeiro, em Paris.
Debate/conversa sobre a situação dos companheiros franceses acusados de terrorismo por alegadas sabotagens nas linhas do T.G.V.
16 Janeiro, 21h, no Centro de Cultura Libertária
Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto. - Cacilhas - Almada
Actividades de solidariedade noutros locais:
15 Janeiro - 21h - Conversa informal na COSA, Setúbal
(Rua Latino Coelho, nº2 cosanossa@gmail.com)
21 Janeiro – 21h30 - Conversa na Livraria Gato Vadio, Porto
21 Janeiro – 21h30 - Conversa na Livraria Gato Vadio, Porto
(Rua do rosário, 281 – Porto - http://gatovadiolivraria.blogspot.com/)
24 Janeiro – 13 h - Almoço/Conversa + 16H - Concerto na Casa Viva, Porto