segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Solidariedade com os trabalhadores da EULEN-ABB de Córdova, em greve indefinida desde 28 de Novembro

Desde 28 de Novembro, os trabalhadores da empresa de trabalho temporário EULEN (Flexiplan, em Portugal) contratados pela empresa ABB, permanecem em greve e acampados à porta da fábrica. Estes trabalhadores lutam contra a substituição nos seus postos de trabalho, após a ABB ter decidido transferir o contrato de outsourcing com a empresa EULEN para a empresa EUROCEN, uma filial da ADECCO. Desta forma, a ABB pretende ver-se livre de trabalhadores incómodos, que durante dois anos não têm cessado de lutar pelos seus direitos.

Comunicado da CNT-AIT (Confederação Nacional do Trabalho, secção da AIT em Espanha):

A CNT de Córdova mantém há mais de 2 anos uma secção sindical organizada na empresa EULEN, especialmente activa no centro de trabalho da multinacional Asea Crown Bovery (ABB).

Estes companheiros lutam há mais de 2 anos pela melhoria das suas condições de trabalho, reivindicando sobretudo a aplicação do convénio colectivo a que têm direito e o reconhecimento da relação laboral que os une à empresa ABB.

Perante esta situação, a ABB decidiu não renovar o contrato da EULEN, recorrendo a uma nova empresa para cumprir as funções que até agora eram levadas a cabo pelos trabalhadores da EULEN. Esta empresa é a EUROCEN, uma filial do grupo ADECCO, especializada na subcontratação de processos de logística.

Face a tudo isto, os trabalhadores e a CNT convocaram uma greve por tempo indefinido, desde o dia 28 de Novembro, com o objectivo de pôr fim à situação de despedimento ilegal, assegurar a estabilidade do quadro e, em último caso, a passagem de todos os trabalhadores para a nova empresa contratada. Esta é uma luta dos trabalhadores pela manutenção dos seus trabalhos.

Acção de solidariedade contra o processo e a repressão sindical aos trabalhadores da COB/AIT em Araxá, Minas Gerais


No dia 20 de Dezembro último alguns membros do SOV da AIT-SP Porto concentram-se em frente ao Consulado do Brasil, no Porto, com uma faixa e procederam à distribuição de panfletos para denunciar a situação dos trabalhadores na empresa têxtil FF Mercantil, assim como o processo movido pela mesma contra companheiros da COB-AIT.

Mais informação sobre este caso:
http://ait-sp.blogspot.com/2011/12/contra-repressao-sindical-no-brasil.html

sábado, 24 de dezembro de 2011

Apelo urgente a protestos contra a "sexta-feira sangrenta" no Cazaquistão

No dia 16 de Dezembro de 2011, as autoridades do Cazaquistão dispararam contra uma concentração de trabalhadores da indústria petrolífera em greve em Zhanaozen (uma cidade do Cazaquistão Ocidental). A greve de cerca de 1500 trabalhadores, que reivindicam aumentos salariais e melhores condições de trabalho, começou em Maio, mas foi proibida. O campo petrolífero de Karazhanbas, onde o conflito rebentou, é explorado por uma empresa que pertence à China International Trust Investment Company e pela companhia cazaque KazMunayGaz.

A escala da repressão tem vindo a aumentar de forma constante: durante o conflito, centenas de trabalhadores foram despedidos; um activista sindical, Zhaksalyk Turbayev, foi assassinado por desconhecidos; foi incendiada a casa de outro activista, Aslambek Aydarbayev; e uma advogada sindical, Natália Sokolova, foi condenada a 6 anos de prisão por "incitar à discórdia social". Destacados sindicalistas como Akzhanat Aminov, Kuanysh Sisenbayev e mais de 30 outros activistas sindicais também foram presos e condenados.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Contra a repressão sindical no Brasil! Boicote à Lotto e à Finta! Exigimos a readmissão do trabalhador Ícaro!

FF Mercantil, uma empresa de Araxá-Minas Gerais, responsável pelos produtos da marca brasileira FINTA e da marca italiana LOTTO, mantém os seus trabalhadores num regime de extremas condições precárias de trabalho e recorre a meios diversos para evitar que eles se organizem para combater a exploração de que são vítimas: os trabalhadores não recebem pagamento extra pelo facto de trabalhar em condições insalubres, estão expostos a calor excessivo, recebem menos que o salário mínimo e muitos deles são vítimas de humilhação, perseguição e chantagem.

No dia 22 de Março o trabalhador Ícaro Poletto, membro do Sindivários de Araxá que pertence à Federação de Trabalhadores de Minas Gerais (COB-AIT), foi despedido. Encontrava-se em luta com os seus companheiros pela exigência do cumprimento dos seus direitos. Os trabalhadores que não se submetam às ordens dos seus chefes continuam a ser alvo de repressão.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Acerca da condenação de manifestantes detidos no dia da Greve Geral

Ao tomarmos conhecimento da condenação de duas das nove pessoas detidas durante a manifestação de 24 de Novembro em frente à Assembleia da República, não podemos deixar de expressar a nossa solidariedade com as mesmas. Não conhecemos nenhuma das pessoas detidas e julgadas, e ignoramos os pormenores do processo que o Estado engendrou contra as mesmas, mas entendemos que isso pouco importa, pois entendemos que no lugar dessas pessoas poderia estar qualquer um de nós, que participámos nas mobilizações e manifestações da Greve Geral. E compreendemos como é dura a experiência de ser aprisionado, julgado e condenado por lutar contra a injustiça e a exploração.

Assistimos, desde o dia da Greve Geral, a uma campanha mediática, lançada pelas autoridades policiais com a cumplicidade da “comunicação social”, que pretendeu retratar todos os manifestantes que transgrediram os limites legais impostos à contestação, no dia 24 de Novembro, como “perigosos radicais anarquistas”. Pretendeu-se com isto justificar a acção da polícia – particularmente a conduta de um agente à paisana filmado a espancar um manifestante detido –, deslegitimar e isolar qualquer forma de protesto fora do quadro legal e preparar o caminho para a repressão.

Certamente, as autoridades entenderão que podem facilmente alargar a repressão a que já vêm submetendo os anti-autoritários, nos últimos anos, a uma camada mais vasta de revoltados, bastando para tal atribuir-lhes o rótulo de “anarquistas” e, para reforçar, porque não, “violentos”, “perigosos”, “extremistas”, “radicais”, “cadastrados”… A verdade é que, neste campo, o da repressão policial contra a resistência à violência institucionalizada do Estado, desde que vimos a polícia a dispersar ao tiro uma manifestação anarquista no último 1º de Maio em Setúbal, podemos dizer que já pouco nos surpreende.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Comunicado do Grupo de Apoio Legal aos detidos durante a Greve Geral de 24 de Novembro

Considerando a manifestação de 24 de Novembro em Lisboa, dia de greve geral, os momentos de brutalidade policial que aí ocorreram, a difusão mediática destes acontecimentos e a natureza das acusações formuladas contra os manifestantes, sentimo-nos obrigados a reclamar o "direito de resposta" para impedir a calúnia gratuita e a perseguição política.

Acreditamos, por aquilo que vemos, ouvimos e lemos todos os dias, que a televisão e os jornais são poderosos meios de intoxicação, de controlo social e de propagação da ideologia e do imaginário capitalista. A maioria das vezes recusamo-nos a participar no jogo mediático. Desta vez a natureza e gravidade das acusações impele alguns de nós a escrever este comunicado. A leitura que fazemos da realidade e daquilo que é dito sobre os acontecimentos do dia da greve geral tornam evidente que:

I. Está em curso acelerado a mais violenta banalização de um estado policial com recurso a agentes infiltrados, detenções arbitrárias, espancamentos, perseguições, bem como a justificação política de detenções e a construção de processos judiciais delirantes sustentados em mentiras.

II. Sobe de escala a montagem jornalístico-policial que visa incriminar, perseguir e reprimir violentamente - veremos mesmo se não aprisionar - pessoas que partilham um determinado ideário político, pelo simples facto de partilharem esse ideário. A colaboração entre jornalistas e polícias na construção de um contexto criminalizante tem o seu expoente máximo nas narrativas delirantes da admirável Valentina Marcelino do Diário de Notícias e das suas fontes, como José Manuel Anes do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.

III. A participação na construção deste discurso por parte de inúmeras instâncias de poder, desde sindicatos e partidos até ao mais irrelevante comentador de serviço, cria o clima ideal para que o anátema lançado sobre os "anarquistas" ou os "extremistas de esquerda" ajude a legitimar a montagem de processos judiciais, a invasão de casas, as detenções sumárias. Ao contrário do que a maioria pensa, são realidades com as quais convivemos há já algum tempo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Porque não há uma greve geral?

Todos sabemos que a greve geral marcada para 24 de Novembro não resultará numa paragem total da economia capitalista, numa verdadeira greve geral.

Mas também sabemos que isso não se deve à discordância da maioria dos trabalhadores com a necessidade de protestar ante as injustiças e a exploração de que são alvos ou com a greve como forma de luta.

Que trabalhador não acredita que é necessário lutar contra a situação de precariedade e miséria em que se encontra a maioria dos trabalhadores neste país, causando algum dano àqueles que são os seus principais responsáveis e beneficiários – a classe política e patronal?

Que trabalhador, a quem ainda reste um pouco de dignidade, não sente uma raiva a crescer-lhe nos dentes quando ouve os mesmos facínoras de sempre, com a barriga cheia de luxos e privilégios, a pedirem-lhe novos sacrifícios? Mas então, porque não há uma greve geral?

A resposta está no medo e no isolamento que nos foram impostos, o medo de sermos despedidos e de perdermos os poucos euros que nos dão ao fim do mês, impedem-nos de resistir, quando não nos levam mesmo a ver um inimigo, não naquele que nos explora, mas no colega que é explorado como nós. Sem termos nenhuma defesa face ao patrão, somos obrigados a aceitar todos os sacrifícios e humilhações. O isolamento reforça ainda mais o medo e impede-nos de procurar a nossa força na união com os nossos iguais, os demais explorados e humilhados.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

AIT-SP - Porto - Conhece os teus direitos antes que tos tirem - workshops de organização no local de trabalho.

Trabalhador/a, ESTEJAS OU NÃO FILIADA/O NOUTRO SINDICATO, INSCREVE-TE E PARTICIPA GRATUÍTAMENTE NAS NOSSAS OFICINAS / WORKSHOPS – A COMEÇAREM EM DEZEMBRO 2011.

CONHECE OS TEUS DIREITOS ANTES QUE TOS TIREM... e LUTA POR ELES! – conhece os teus direitos laborais – salário mínimo, horário de trabalho, tipo de contractos, subsídios especiais, tempo e remuneração de férias, etc. – pós laboral, duração 1 h.30 min.

O QUE É O ANARCO-SINDICALISMO E A AIT-SP?... – origens e actualidade, quem pode e quem não pode fazer parte, princípios básicos, orgânica base, voluntariado e ausência de cargos pagos, autonomia-apoio mútuo-acção directa. - pós laboral, duração 1 h.30 min.

ORGANIZA-TE NO TEU LOCAL DE TRABALHO – como criares um grupo de luta/uma secção da AIT-SP na tua empresa, cuidados com a repressão patronal e das chefias, tácticas de luta anarco-sindicalista e sindicalista-revolucionária, conhece o teu patrão/gestor e as suas manhas, como descobrires e ligares-te aos companheiros com mais consciência de classe, como fazer um plano de luta, como criar redes de solidariedade… - um domingo ou um sábado, duração 6 h.30 min.

INSCRIÇÕES E ATENDIMENTOS

SEMANALMENTE, QUARTAS 18 - 20 HORAS, na nossa sede provisória, Rua dos Caldeireiros, 213, sala A – PORTO (à Cordoaria)

ABAIXO O "Plano Estratégico dos Transportes"! ABAIXO O ORÇAMENTO DOS GATUNOS!

TODO O APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES DOS STCP!
PELOS DIREITOS DOS TRABALHADORES E DOS UTENTES!

O chamado actual "Plano Estratégico dos Transportes" é mais um assalto aos bolsos dos utentes e aos direitos dos trabalhadores dos transportes!

Já o plano da chamada "Nova Rede" dos STCP, durante o governo de Sócrates, veio piorar as condições de mobilidade dos utentes (alterando e eliminando linhas e carreiras, aumentando já então as tarifas -para benefício de um punhado de administradores cujo total de remunerações ascendia nessa altura a 425,9 mil Euros e, lembremos bem: NÃO PARA BENEFÍCIO DOS TRABALHADORES dos STCP e em geral, com os salários mais baixos da "União Europeia") e constituiu um autêntico atentado à vida da população do Porto metropolitano.

Este actual "Plano Estratégico", seguido aos últimos aumentos dos preços dos transportes em Agosto passado É PIOR! Mas é afinal apenas mais uma maneira de fazer o povo e os trabalhadores pagarem a "crise" que os banqueiros, os governos e os capitalistas em geral criaram – e que é próprio deste sistema de exploração chamado CAPITALISMO. Também é uma forma de o actual governo FORÇAR a PRIVATIZAÇÃO DOS TRANSPORTES e dos serviços públicos em geral, piorando nesse caso ainda mais as condições de transportes públicos e lançando mais trabalhadores no desemprego.

Frente aos aumentos dos tarifários, frente à ameaça de piorar as condições de trabalho e frente aos "cortes" em direitos conquistados ao longo dos anos pelas várias lutas dos trabalhadores, a UNIÃO DOS UTENTES DOS TRANSPORTES PÚBLICOS com OS TRABALHADORES deste sector é absolutamente necessária e URGENTE!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

5 de Outubro - Percurso pedestre pela memória anarquista e social de Almada

10h00 - Percurso pedestre pela memória anarquista e social de Almada, seguido de piquenique (traz merenda!)


Ponto de encontro em Cacilhas, junto à saída do terminal fluvial

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sabado, 1 de Outubro - Documentário "Cenas da luta de classes em Portugal", de Robert Kramer e Philip Spinelli

16h30 - Portugal: a revolução impossível?

Documentário "Cenas da luta de classes em Portugal", de Robert Kramer e Philip Spinelli, seguido de debate

20h00 - Jantar vegetariano

no Centro de Cultura Libertária - Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto. - Cacilhas - Almada

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sábado, 24 de Setembro, no Centro de Cultura Libertaria - Acção anarco-sindicalista em Granada (Espanha)

16h30 - Acção anarco-sindicalista em Granada (Espanha), com a presença de membros do sindicato CNT (Confederación Nacional del Trabajo)

Apresentação dos conflitos laborais contra as empresas ASM e Hotel Vincci.

A ASM, empresa de transporte de mercadorias que obriga os trabalhadores a pagar do seu bolso um seguro para a mercadoria que transportam, a jornadas diárias de 10 ou mais horas, e reduziu os salários em 10%, despediu em 2010 o delegado sindical da CNT, ameaçando ainda os restantes trabalhadores com represálias. Após três meses de luta o companheiro foi readmitido.
http://asmdespideyexplota.blogspot.com/

A cadeia de Hotéis Vincci despediu Manuel Puente, que trabalhava há mais de sete anos no hotel Vincci de Granada, quando se encontrava de baixa após ter sofrido um acidente de trabalho. Este acidente provocou-lhe lesões físicas que o impedirão de trabalhar durante vários anos. Mantém-se ainda o conflito com a empresa.
http://www.vinccidespideyexplota.blogspot.com/

20h00 - Jantar vegetariano

no Centro de Cultura Libertária - Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto. - Cacilhas – Almada

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Apresentação do livro "O regicídio, o 5 de Outubro de 1910, a I República Portuguesa e a intervenção anarquista", com a presença do autor Júlio Carrapato

15 de Setembro, Quinta-Feira, às 21h00
na Livraria Letra Livre, Galeria Zé dos Bois, Rua da Barroca, 57 - Bairro Alto - Lisboa

«E se o regicídio de 1908 tivesse sido levado avante por anarquistas e não por republicanos? E se o 5 de Outubro de 1910 também tiver, no essencial, sido feito por anarquistas intervencionistas que prescindiram da orientação de chefes republicanos prematuramente desactivados como Miguel Bombarda ou Cândido dos Reis? E se, uma vez implantada a República, as suas principais vítimas tiverem sido os anarquistas e os trabalhadores perseguidos e não os monárquicos ou os católicos que, sob o disfarce ideológico, faziam parte ao fim e ao cabo da mesma classe burguesa que os republicanos? E se um dos maiores inimigos dos anarquistas tiver sido um republicano "de esquerda", Afonso Costa, chefe do Partido Democrático e cognominado "o Racha-Sindicalistas"? E se, em resposta à repressão brutal da greve geral de 1918 e da ocupação de terras no Alentejo, o homem que matou Sidónio Pais também tiver sido um anarquista, como aliás os restantes companheiros envolvidos no movimento? E se, já implantado o regime fascista, o único movimento proletário que se lhe opôs – o 18 de Janeiro de 1934 – também tiver sido de matriz e inspiração e anarco-sindicalistas, aliás como o atentado de 1937 contra Salazar? E se, enfim, a nível peninsular, tanto português quanto espanhol, aquilo que é autenticamente ibérico e revolucionário for o anarquismo e, muito especialmente, o anarco-sindicalismo?»


in Júlio Carrapato – "O regicídio, o 5 de Outubro de 1910, a I República Portuguesa e a intervenção anarquista". Faro: Edições Sotavento, 2011


Actividade integrada nas Jornadas Anarco-Sindicalistas promovidas pela
Associação Internacional dos Trabalhadores - Secção Portuguesa / Núcleo de Lisboa

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Jornadas Anarco-Sindicalistas Setembro-Outubro 2011


15 de Setembro, Quinta-Feira
21h00 - Apresentação do livro "O regicídio, o 5 de Outubro de 1910, a I República Portuguesa e a intervenção anarquista", com a presença do autor Júlio Carrapato
na Livraria Letra Livre - Galeria Zé dos Bois, Rua da Barroca, 57 - Bairro Alto - Lisboa

24 de Setembro, Sábado
16h30 - Acção anarco-sindicalista em Granada (Espanha)
Apresentação dos conflitos laborais contra as empresas ASM e Hotel Vincci, com a presença de membros do sindicato CNT (Confederación Nacional del Trabajo)
20h00 - Jantar vegetariano
no Centro de Cultura Libertária - Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto. - Cacilhas - Almada

1 de Outubro, Sábado
16h30 - Portugal: a revolução impossível?
Documentário "Cenas da luta de classes em Portugal", de Robert Kramer e Philip Spinelli, seguido de debate
20h00 - Jantar vegetariano
no Centro de Cultura Libertária - Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto. - Cacilhas - Almada

5 de Outubro, Quarta-feira
10h00 - Percurso pedestre pela memória anarquista e social de Almada, seguido de piquenique (traz merenda!)
Ponto de encontro em Cacilhas, junto à saída do terminal fluvial

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Contra o encerramento da Ford-Visteon de Cádis!

(Comunicado da AIT-SP distribuído na fábrica Visteon de Palmela a 19 de Agosto de 2011)

Os 450 trabalhadores da fábrica da Ford-Visteon em Cádis (Espanha) estão a levar a cabo uma luta contra o encerramento desta filial da multinacional e pela manutenção dos seus postos de trabalho.

Esta luta tem o apoio da secção sindical da CNT (Confederación Nacional del Trabajo, secção espanhola da AIT) nesta empresa. Este sindicato anarco-sindicalista* convocou uma jornada internacional de solidariedade com os trabalhadores da Visteon de Cádis para o dia 19 de Agosto.

A razão para o encerramento desta fábrica é mais uma vez a deslocalização da produção para outras regiões do mundo onde a mão-de-obra é mais barata. É este o funcionamento do capitalismo global, que favorece multinacionais como a Visteon que, após beneficiarem de apoios estatais (sacados dos bolsos dos contribuintes) e do trabalho e dedicação dos seus trabalhadores, os atiram para o lixo logo que surge a oportunidade de obter maiores lucros noutro local.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Resposta da Solfed de Londres Norte aos motins

Com os media a culparem a “anarquia” pela violência que se está a desenrolar em Londres e através da Inglaterra, a Solidarity Federation de Londres Norte sentiu que uma resposta proveniente de uma organização anarquista activa na capital seria apropriada.

Durante os últimos dias, os motins causaram danos significativos a partes de Londres, a vitrines de lojas, casas e automóveis. À Esquerda, ouvimos o grito sempre presente de que foi a pobreza que causou isto. À direita, de que gangsters e elementos anti-sociais se estão a aproveitar da tragédia. Têm ambos razão. As pilhagens e os motins vistos durante os últimos dias são um acontecimento complexo com muitas correntes no seu seio.

Não é por acidente que os motins estão a acontecer agora, à medida que as redes de apoio social para os excluídos da Grã-Bretanha são retiradas e as pessoas são abandonadas para caírem no abismo, sendo espancadas no processo pelos bastões da Polícia Metropolitana. Mas não devem haver desculpas para o incendiar de casas e o aterrorizar de trabalhadores. Quem fez tais coisas não tem causa para ser defendida.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Acampamento Libertário - 2, 3 e 4 de Setembro - Azenha/Campo - Valongo


Queiva-Lugar da Azenha/Campo – VALONGO - PORTO

I – Objectivos

Pretende-se que iniciativas deste tipo (acampamentos libertários) se tornem regulares - ao contrário de outras semelhantes, num passado recente, muito esporádicas e ocasionais - de forma a constituírem não só mais um espaço e um tempo de encontro, divulgação e discussão de ideias de intervenção libertária em geral e anarco-sindicalista em particular, como uma oportunidade de ligação com a população local.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sobre o atentado terrorista de Oslo e o massacre de Utøya a 22 de Julho

O que tem existido de violência política na Noruega tem sempre partido da extrema-direita. Enquanto a atenção da polícia se concentrava nos «radicais islâmicos», a violência da extrema-direita teve novamente lugar, desta vez a uma escala particularmente grande, cruel e sangrenta! A NSF-AIT já expressou as suas condolências às vítimas deste terrorismo sangrento e gostaria de fazer a declaração que se segue.

Introdução

Como introdução, diremos que existe um clima perigoso no capitalismo dos nossos dias, que afecta muitos países, incluindo a Noruega:

- O capitalismo atravessa uma crise grave. Os Governos levam a cabo programas de austeridade e tornam-se estados policiais. O desemprego cresce. Os imigrantes tornam-se bodes expiatórios para os problemas e os refugiados são deportados. Na Noruega, as pensões do sector privado sofrem cortes com o apoio da confederação sindical LO, e outros cortes estão a ser preparados.

- O governo Vermelho-Verde [coligação da esquerda e dos centristas] deportou 4615 refugiados em 2010 e, até à data, 2000 no presente ano.

- O capitalismo global explora e conduz guerras. A maior ameaça após o 11 de Setembro provém do Islão radical/grupos terroristas. A Noruega participa nas guerras da Líbia e do Afeganistão, a que se dão o nome de «operações humanitárias», etc.

- Organizações como a Associação Patronal dizem que as vagas de imigrantes, reformados e pessoas a receberem prestações sociais ameaçam o Estado Social e que a imigração/os imigrantes com baixos níveis de instrução provenientes de países não-ocidentais não são sustentáveis e que, em seu lugar, a Noruega deveria importar trabalhadores altamente qualificados. O governo já solicitou relatórios públicos sobre estes assuntos.

- Os partidos que pressionam por uma política reaccionária. Na Noruega, o Partido do Progresso tornou-se no segundo maior partido, obtendo 41 deputados nas eleições nacionais de 2009. Os imigrantes de «origem muçulmana» são discriminados. Behring Brevik foi, a certa altura, membro deste partido.

- A extrema-direita. Os nazis e fascistas/extrema-direita são pouco numerosos na Noruega, pelo menos no que respeita às suas mobilizações de rua, mas os sites da nova extrema-direita na internet gozam de uma grande audiência e apoio às suas ideias!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ABAIXO OS AUMENTOS NOS PREÇOS DOS TRANSPORTES! ABAIXO OS LADRÕES!

Não basta dizer que estes aumentos nos preços (mais de 20% no Porto e de 25% no Sul!!!) dos transportes públicos são um ROUBO – já o sabemos!... Como já NÃO BASTA PROTESTARMOS contra a "roubalheira legal" que ESTE, o ANTERIOR e TODO e qualquer governo levaram, levam e levarão a efeito, para garantir, com os cortes em direitos sociais e congelamentos de aumentos de salários e de pensões, que seja a população trabalhadora mais carenciada e os mais pobres a pagar a "crise" do capitalismo, as taxas do FMI e os luxos de empresários, banqueiros e políticos! Sim, PROTESTEMOS SEMPRE! É melhor do que ficar calado e submetido, frente a todos os governos que se governam à nossa custa!

Mas… chegámos já a um ponto em que já não basta protestar! HÁ QUE NOS ORGANIZARMOS PARA RESISTIR À ACTUAL OFENSIVA do patronato, do capitalismo internacional e dos políticos do Estado! PROTESTAR é quando DIZEMOS estar fartos e não queremos mais aceitar isto ou aquilo! RESISTIR é quando FAZEMOS ALGO para que aquilo que nos tolhe ou dificulta a vida e contra o qual protestamos, NÃO CONTINUE A EXISTIR POR MUITO MAIS TEMPO!

Sim, sabemos que nem o CAPITALISMO nem o ESTADO LADRÃO cairão de podres por si só! Sim, sabemos que a necessária REVOLUÇÃO SOCIAL LIBERTÁRIA E LIBERTADORA não se fará de um dia para o outro… Mas também sabemos que ELA começa hoje, aqui e agora, onde nos organizemos, como contra-poderes populares e dos trabalhadores, para travar a gula de capitalistas, gestores e governantes! Por isso apoiamos e sempre apoiaremos cada justa luta popular e dxs trabalhadorxs!

ASSEMBLEIAS POPULARES DE UTENTES EM DEMOCRACIA DIRECTA! RESISTÊNCIA POPULAR! BOICOTEMOS E OCUPEMOS OS TRANSPORTES PÚBLICOS! – FAÇAMOS GREVE DE BILHETES!
NÃO PAGUEMOS OS AUMENTOS !… NÃO NOS PODERÃO CONTROLAR A TOD@S!!!
APOIEMOS TAMBÉM AS LUTAS DOS TRABALHADORES DOS TRANSPORTES!

Unid@s e Auto-organizad@s, nós damos-lhes a "crise"!

Porto, 1 de Agosto de 2011Utentes dos Transportes Públicos simpatizantes da AIT-SP (Associação Internacional dxs Trabalhadorxs –Secção Portuguesa - anarco-sindicalistas)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Comunicado do CCL - Centro de Cultura Libertária

Companheiros e companheiras,

Ao longo dos últimos dois anos, o Centro de Cultura Libertária debateu-se com a ameaça de perder a sua sede devido a um processo de despejo movido pelo proprietário do edifício. Após ter sido condenado a abandonar as suas instalações, num julgamento realizado em 2009, o Centro de Cultura Libertária recorreu da sentença para o Tribunal da Relação. O resultado deste recurso foi favorável ao CCL e deu origem à marcação de novo julgamento.

No decorrer deste novo julgamento, conduzido pela mesma juíza que nos havia condenado anteriormente e a quem seria muito difícil fazer mudar a sua opinião inicial, surgiu a possibilidade de um acordo quanto ao aumento de renda. Após discussão sobre a possibilidade real de perdermos o nosso espaço ou garantirmos a existência deste através de um aumento significativo da renda do imóvel, decidimos que atendendo a todas as condicionantes, um acordo quanto ao aumento seria a melhor hipótese de garantirmos a existência futura de um espaço como o CCL.

Deste modo, no dia 2 de Maio do presente ano, foi assinado um acordo dando fim a um processo que para nós sempre se havia resumido a uma tentativa de rentabilização do imóvel por parte do proprietário, alugando-o por um preço bastante mais elevado do que o praticado até agora, deixando bem claro para todos (incluindo o Tribunal) que as intenções lucrativas tinham sido sempre o motivo desta acção de despejo.

Queremos acima de tudo deixar expresso nestas linhas, o nosso profundo agradecimento à solidariedade de todos @s companheir@s que nos apoiaram. Sem este apoio, dificilmente teríamos conseguido manter o nosso espaço até agora.

Recordamos que o Centro de Cultura Libertária é um ateneu cultural anarquista que, desde há 35 anos, está sedeado no número 121 da Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas. Tem sido um espaço único pela sua longevidade e pelo papel de preservação da memória histórica libertária que sempre desempenhou, mas também pela ligação afectiva que gerou nas várias gerações que por ele passaram, encontrando sempre nesta associação um espaço fundamental de pensamento, cultura e liberdade.

É assim que queremos continuar.

Viva a Anarquia!

Julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O processo judicial é a mais recente táctica na tentativa de intimidação à luta pelos direitos dos inquilinos - ZSP Varsóvia

Alguns membros da ZSP de Varsóvia estão a ser processados por um vídeo que fizeram e colocaram na Internet. Outros membros do Comité de Defesa dos Inquilinos também estão a ser processados porque o vídeo em questão estava no seu site. O vídeo documenta os problemas de duas famílias que estão a ter problemas com a sua senhoria, que os quer despejar desde há anos.

O vídeo destinava-se a dar uma voz aos inquilinos num sistema que é extremamente unilateral, ignorando os seus direitos e não garantindo sequer que eles estejam protegidos pelos direitos que a lei lhes confere.

O vídeo, de 35 minutos, feito em Janeiro de 2010, mostra a situação dos inquilinos em luta para manter as suas casas. Eles são obrigados a utilizar uma casa de banho pré-fabricada no meio da neve porque a fossa sanitária das suas casas apareceu misteriosamente destruída. Também filmámos a forma como a senhoria tentou que o gás fosse desligado por um homem que a mesma apresentou como se fosse um empregado da companhia do gás. Essa situação adquiriu contornos sombrios. Ela também pediu à companhia eléctrica que desligasse a electricidade alegando que ninguém vivia lá.

Sérvia - Segue a repressão contra os anarco-sindicalistas da ASI

Em 1º de julho passado, um tribunal em Belgrado rejeitou uma decisão anterior que ele mesmo havia tomado que absolvia os "Seis de Belgrado" de todas as incriminações. Isto quer dizer que a resolução de liberá-los foi declarada inválida, e que nos próximos meses eles irão para um novo julgamento.

Essa evolução draconiana do sistema judicial sérvio já era esperada, pois prontamente havia circulado em um dos principais jornais da Sérvia, controlado pelo governo daquele país. Cabe assinalar que essas informações aparecem num momento em que o executivo sérvio lança uma nova ofensiva contra os membros da Iniciativa Anarco-Sindicalista (ASI) e outros ativistas envolvidos em uma campanha contra a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Resolução sobre os direitos autorais da obra de Rudolf Rocker

Comunicado: O historiador e intelectual Heiner M. Becker de Nordwalde, apresentou recentemente um processo, através do Ministério Público, contra a publicação na internet de uma obra do famoso anarco-sindicalista Rudolf Rocker (1873-1958).

Heiner M. Becker foi colaborador de diversas publicações anarquistas na Grã-Bretanha e França, e trazia material anarquista à IISG (Instituto Internacional de História Social) de Amsterdam. Desta forma, tornou-se amigo de Fermin Rocker, filho de Rudolf. Antes de sua morte em 2004, Fermin cedeu a Heiner todos os direitos do trabalho de seu pai.

Rudolf Rocker é um dos protagonistas mais famosos da história do anarco-sindicalismo. Foi secretário da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) e da União de Trabalhadores Livres da Alemanha (FAUD), cuja tradição histórica se enquadra a FAU [organização anarco-sindicalista alemã]. Como militante anarco-sindicalista, publicou numerosos artigos, folhetos e outros textos para este poderoso movimento sindical de base, entre os quais incluem textos como "Princípios do sindicalismo revolucionário", "Anarquismo e Sindicalismo" e "Anarco-sindicalismo."

As obras de Rocker são traduzidas e divulgadas em vários idiomas há anos. Faz parte da base sólida de um movimento global que luta pela emancipação econômica e política para acabar com o jugo do capital e do Estado. Ninguém se atreveu a reivindicar os direitos dos textos propagandísticos de Rocker, nem durante a sua vida ou após sua morte. O fato de só pensar em algo parecido teria resultado em perplexidade e incompreensão.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não à repressão na IBERIA!

A Direcção da Ibéria de Madrid-Barajas impôs uma sanção a um trabalhador, Daniel Valdivielso, membro da CNT (Confederação Nacional do Trabalho), como resultado de um acidente no seu posto de trabalho. A empresa responsabiliza-o de ser o culpado dos danos causados a um avião, ao bater-lhe com um veículo de trabalho durante a execução das tarefas de carga e descarga.

A realidade é que a responsabilidade destes acidentes está na incompetência dos administradores do Aeroporto de Barajas, ao manter os equipamentos de trabalho em péssimas condições de manutenção, e ao não respeitar os tempos definidos para os procedimentos para que os operadores realizem as suas tarefas. Querem desta forma repressiva encobrir a falta de investimento em equipamentos e a falta de pessoal.

Como tantas outras vezes, os gerentes tentam converter o esforço dos trabalhadores em poupança, que depois se converterá para eles em retribuições económicas extraordinárias. E quando o acidente ocorre, nunca é da sua responsabilidade; é do trabalhador, cujo "pecado" foi o desejo de fazer um bom trabalho, apesar das dificuldades colocadas pela administração da empresa.

A secção portuguesa da AIT solidariza-se com Daniel e exige a total e imediata anulação da sanção aplicada!

Contra a repressão, solidariedade!
Contra a exploração, acção directa!

Unidos e auto-organizados, nós damos-lhes a “crise”!

domingo, 29 de maio de 2011

BOICOTE A LOTTO E A FINTA! PELA READMISSÃO DE ÍCARO.

PRÓ SINDIVÁRIOS PIRACICABA/SP- relata o ocorrido com o Sindivários Araxá/MG. SINDIVÁRIOS ARAXÁ – FOM – MG, (SP, Plenária Nacional da COB/AIT 9/04/2011)

A FF Mercantil, empresa de Araxá-MG responsável por produtos da marca brasileira Finta e da italiana Lotto, mantém seus empregados sob um regime de trabalho extremamente precário e adota diversas medidas para impedir que eles se organizem para resistir à sua exploração: os trabalhadores não recebem insalubridade, são expostos a calor excessivo, ganham menos que um salário mínimo e muitos são vítimas de humilhações, perseguições e chantagens. A última manobra de perseguição por parte da patronal ocorreu no dia 22 de março, com a demissão de Ícaro Poletto, membro do Sindivários Araxá, associado à Federação Operária Mineira, que se esforçava junto aos seus companheiros para lutar por seus direitos. Os funcionários que não se renderam ao assédio patronal seguem sofrendo represálias.

A FF Mercantil ETA ligada à Filon Confecções na cidade de São Paulo. Não sabemos quais são as condições em que os trabalhadores da Filon se encontram, mas dificilmente elas são diferentes das encontradas em Araxá, já que ambas trabalham sob a mesma lógica, a lógica do Capital, a qual sempre se sobrepõe aos direitos do indivíduo e ao bem-estar do trabalhador, constantemente sacrificado para a maximização do lucro. Exigimos que nosso companheiro seja readmitido, que a política de represálias contra a livre organização dos trabalhadores tenha um fim e que sejam atendidas as reivindicações dos trabalhadores de Araxá, descritas a seguir:
  • Redução da Jornada de trabalho para 8 horas;
  • Adoção da semana de trabalho inglesa (de segunda a sexta);
  • Pagamento dos adicionais por insalubridade;
  • Acordos sobre participação nos lucros;
  • Instalação de aparelhos para diminuição do calor no interior da fábrica;
  • Respeito à liberdade de organização dos trabalhadores.
BOICOTE A LOTTO E A FINTA! NÃO COMPRE PRODUTOS FEITOS SOBRE TRABALHO SEMI-ESCRAVO! PELA READMISSÃO DE ÍCARO POLETTO! PELA LIBERDADE SINDICAL!

O COMPANHEIRO FOI DEMITIDO, MAS DEVEMOS MANTER NOSSO BOICOTE PERMANENTE EM APOIO À READMISSÃO DO MESMO E DOS QUE LÁ TRABALHAM.

O BOICOTE ECONÓMICO É A NOSSA MAIOR ARMA DE PRESSÃO.

É PRECISO CERCAR A EMPRESA E SEUS DIRETORES OBRIGANDO-OS A RESPEITAR OS DIREITOS DOS TRABALHADORES.

SEM LUTA CONTINUADA NÃO EXISTEM DIREITOS SOCIAIS!

APELAMOS À SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL!

FORGSCOB/AIT

OS DIREITOS SOCIAIS NÃO SÃO BENESSES DA PATRONAL SÃO CONQUISTAS SOCIAIS DOS TRABALHADORES

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A SEGURANÇA SOCIAL É DO POVO…NÃO É DOS LADRÕES QUE MANDAM!...

A "SEGURANÇA SOCIAL" está a ser para o povo cada vez mais IN-segurança social! Desde Julho passado, o governo efectuou os grandes "cortes" em medidas de apoio aos mais necessitadas ( nos complementos para quem tem crianças com problemas de saúde, em apoios às rendas de casa, em apoios à saúde, etc…) atingindo sobretudo desempregad@s, beneficiários do RSI e reformad@s com pensões já por si miseráveis.

Aumenta assim o número de pessoas que dormem nas ruas e das que já não podem pagar serviços públicos básicos como electricidade, água, transportes, que acumulam rendas em atraso e que em breve virão parar à rua se nada se fizer…(para mais com a nova lei dos despejos que o governo achou por bem pôr cá fora antes de se demitir…). Agora, com os FMI s e Fundo Europeu este cenário será ainda mais agravado!...

Mas os gestores e o governo, reduziram também o pessoal nos atendimentos nos vários serviços, causando assim as longas filas de espera e o bloqueamento dos próprios serviços - além das fricções inevitáveis entre quem é (mal)atendido e quem atende…

É "a crise"… "o Estado está falido, a Segurança Social está sem dinheiro"…Mas ELE$ COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA!...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vídeo da Manifestação do 1º de Maio em Setúbal




Aqui está o vídeo que durante a última semana foi recolhido e editado. Utilizaram-se as caixas de texto para cobrir as caras, visto que estas durante a manifestação estavam descobertas e porque sabemos como funciona o aparelho repressivo.

Não disparámos armas de fogo, não fomos em formação “bloco-negro”, não causamos distúrbios, não partimos vidros, não destruímos carros… nem nenhum dos outros delírios. Houve sim fogos de artifício e frases pintadas pelo caminho.

No final do vídeo é óbvio, pela posição da câmara, que a polícia adoptou uma postura ofensiva para acabar violentamente com uma manifestação que já tinha acabado. É criada uma ratoeira para a qual somos atraídos e a partir daqui a polícia agrediu todos os que encontrou pela frente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Repressão policial contra o Primeiro de Maio Anti-autoritário e Anticapitalista em Setúbal

O “Primeiro de Maio anti-autoritário e anticapitalista”, em Setúbal, foi convocado com um apelo à recuperação da tradição combativa e anti-autoritária do “dia do trabalhador”. Desta forma, procurou ser “uma mobilização não controlada por nenhuma força partidária, por nenhuma central sindical ou qualquer força de repressão e controlo do Estado”. Em larga medida, este objectivo foi conseguido. Numa altura em que os poderosos disputam ferozmente as migalhas que querem roubar aos que já pouco têm, uma manifestação que apontou outro caminho de luta e resistência teve de ser reprimida pela polícia.

A mobilização começou às 13 horas, com uma concentração no Largo da Misericórdia. Aqui, ouviram-se canções de intervenção e leram-se comunicados ao altifalante. Um grupo de companheiros distribuiu ainda uma sopa entre os presentes. Apesar da forte chuva que começou a cair, cerca de 150 pessoas não arredaram pé e iniciaram uma marcha pelas ruas estreitas da zona mais antiga da cidade fazendo ecoar palavras de ordem como “Nem Estado, nem patrão, autogestão!”, “Não negociamos a nossa escravidão! A vida é nossa, não é do patrão!” ou “Sabotagem, greve selvagem!”. A manifestação seguiu para a Praça do Quebedo, onde se estava a iniciar a manifestação da CGTP. Ao longo da Avenida 5 de Outubro o protesto continuou na cauda do desfile da CGTP, constituindo o sector mais animado e combativo desta marcha e recebendo a aprovação de muitas das pessoas que assistiam. Depois, a manifestação separou-se da CGTP e continuou o seu percurso em direcção a um dos bairros populares de Setúbal. Apesar da divergência em relação às frases gritadas pelos dirigentes da CGTP, que foram apelando à “luta” através do voto durante o percurso, não se verificaram quaisquer incidentes, nem nesta nem nas outras partes do percurso. 

A manifestação terminou no Largo da Fonte Nova, onde os manifestantes pousaram as suas faixas no chão e se preparavam para descansar e conviver. A partir do sistema de som dum carro estacionado no largo, voltaram-se a ouvir músicas revolucionárias. No entanto, poucos minutos depois da chegada à praça, um grupo de polícias, numa atitude provocatória, insistiu em identificar e deter as pessoas que se encontravam junto ao carro do som. Com isto, iniciou-se o confronto entre a polícia e os manifestantes que tentaram impedir a detenção destes companheiros e defender-se dos ataques. A polícia utilizou gás pimenta contra a cara de alguns manifestantes e começou a disparar balas de borracha contra quem estava no largo. Um agente chegou a disparar tiros reais para o ar.

domingo, 1 de maio de 2011

Contra a Austeridade Capitalista, Guerra Social!

Escusado será dizer que o rumo da sociedade capitalista não é determinado pelos trabalhadores, mas pela burguesia, graças à força que a posse do capital lhe confere e por intermédio dos aparelhos partidários que lhe pertencem inteiramente e se vão revezando no poder. Se esse rumo que veio a ser delineado a partir de cima no decurso das últimas décadas conduziu a um beco sem saída, não será isso a impedir a classe dominante de tentar resolver o problema da maneira habitual: pondo-o às nossas costas.

Não, trabalhadores que somos, não nos compete preocuparmo-nos com o crédito, a banca, a dívida pública, as agências de rating, o FMI, e todo o restante palavreado da economia de crise que agora inunda as páginas dos jornais, mas antes com o desemprego, a precariedade, os salários de miséria, as pensões insuficientes e todos aqueles outros problemas que são efectivamente os nossos e que vemos agravarem-se dia após dia.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Arraial do 25 de Abril

O Núcleo de Lisboa da AIT-SP vai estar presente com uma banca no Arraial do 25 de Abril

Miradouro de São Pedro de Alcântara, em Lisboa
Dias 29 e 30 de Abril
das 19h à 1h

Aparece!

sábado, 16 de abril de 2011

Pela solidariedade urgente com a greve geral na Bolívia!

Acontecimentos de extrema importância estão a ocorrer neste momento na Bolívia. A federação de sindicatos “Central Obrera Boliviana” organiza uma greve geral por tempo indeterminado desde o dia 7 de Abril. Os principais grevistas são mineiros, professores, trabalhadores da saúde e da assistência médica e social. As reivindicações dos grevistas são: aumento salarial geral de 15% para todos os trabalhadores dos sectores privado e público, a abolição das previstas reformas neoliberais da segurança social e da saúde, a preservação da autonomia universitária, etc.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

1º de Maio de 2011 – Manifestação Anti-Capitalista em Setúbal

:: Chamada à recuperação da tradição combativa e anti-autoritária do “dia do trabalhador”::

{Chamada a uma mobilização geral}
Desde o grupo de pessoas que compõem o recém-formado colectivo anarquista *Terra Livre* de Setúbal queremos convocar uma manifestação de indivíduos, grupos, colectivos, espaços ou sindicatos apartidários, anti-autoritários, anti-políticos ou autónomos para o Domingo 1º de Maio de 2011.
Desejamos fazer desta data um marco de mobilização não controlada por nenhuma força partidária, por nenhuma central sindical, ou qualquer força de repressão e controlo do Estado.
Desejamos recuperar o seu carácter de mobilização geral de trabalhadores, desempregados, estudantes e de todos quantos anseiam por uma sociedade nova, livre de violência capitalista, jogos partidários e repressão estatal.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Jornadas Internacionais de Luta Anarco-Sindicalista contra as fronteiras e em solidariedade com os/as trabalhadores/as imigrantes

O 24º Congresso da AIT decidiu (no seguimento de uma proposta da AIT-SP) que as Secções da AIT se mobilizassem para desenvolver, durante as duas semanas antes do Primeiro de Maio de 2011, uma campanha anarco-sindicalista internacional contra as fronteiras internacionais e em solidariedade com os/as trabalhadores/as imigrantes.

Apresentamos uma citação da decisão: “Os problemas das fronteiras e da xenofobia são armas que o Estado, o Capital e os políticos de diversas tendências usam para dividir os/as trabalhadores/as, escondendo a verdadeira razão por trás da degradação da sua condição. É dever de uma organização internacional de trabalhadoras/es revolucionárias/os internacionalistas, como a AIT, promover a solidariedade entre todos/as os/as trabalhadores/as, ‘nacionais’ ou não.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Manifestação da CNT-AIT contra os cortes sociais e laborais: 9 de Abril em Salamanca

A confederação regional do Centro da CNT-AIT (Confederación Nacional del Trabajo, secção da AIT em Espanha) convoca uma manifestação para o próximo sábado, dia 9 de Abril, em Salamanca, e convida as/os companheiras/os portuguesas/es a participarem na mesma.

Este protesto é motivado pelas várias medidas que o governo espanhol vem tomando a pretexto da "crise" e que, tal como em Portugal, afectam os "culpados" do costume - trabalhadores, desempregados e a população mais pobre -, com cortes nas prestações sociais, redução dos direitos laborais e aumento da idade da reforma.

Acima de qualquer fronteira apela-se à mobilização e à acção directa dos/as trabalhadores/as para defender os seus direitos pois, como referem os nossos/as companheiros/as da CNT, a crise nunca acaba para os/as trabalhadoras/es desorganizadas/os.

quinta-feira, 24 de março de 2011

ABAIXO A NOVA GUERRA NO NORTE DE ÁFRICA!

A intervenção “humanitária” dos estados da NATO na Líbia com o propósito principal de dar apoio militar a um dos lados em confronto numa guerra civil local, provou mais uma vez que não há “revoluções”no Norte de África e no Médio Oriente, o que há é uma obstinada e amarga luta pelo poder, por lucros, por influência e controlo sobre os recursos petrolíferos e áreas estratégicas.

O profundo descontentamento e protestos sócio-económicos das massas trabalhadoras da região gerados pela crise económica global (ataques às condições de vida dos trabalhadores, aumento do desemprego e da pobreza, alargamento do trabalho temporário) são usados pelos grupos políticos de oposição para organizar golpes, derrubando a tirania de ditadores senis e corruptos e ocupando os seus lugares. Mobilizando os desempregados, os trabalhadores, os pobres, como carne para canhão, facções descontentes da classe dirigente desviam-nos das suas reivindicações sociais e económicas, prometendo-lhes “democracia” e “mudança”. Mas de facto aquele bloco multicolor de “recuperados” da elite dirigente, liberais e fundamentalistas religiosos, não trarão aos trabalhadores quaisquer melhorias. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Com o nosso sangue acumulam fortunas!

À memória de Carlos dos Santos - trabalhador morto na construção de um El Corte Inglés em Jaén - Espanha

Os companheiros do Sindicato de Ofícios Vários da CNT de Jaén (Espanha), realizaram hoje uma homenagem ao trabalhador português Carlos dos Santos, de 52 anos, que com outros portugueses trabalhava nas obras de construção do El Corte Inglés na cidade de Jaén e morreu na sequência de uma queda de dez metros de altura, depois de terem cedido os pilares que suportavam a plataforma onde se encontrava. Após vários dias no hospital, não resisitiu aos traumatismos e faleceu a 21 de Março de 2007.

domingo, 20 de março de 2011

Relato da Assembleia Popular do Porto realizada no dia 19/3

[texto retirado daqui]

Realizou-se ontem uma Assembleia Popular na Praça D.João I por iniciativa de vários colectivos da cidade do Porto que se identificam com os valores da liberdade, solidariedade, cooperação e emancipação social, que contou com a presença de meia centena de pessoas.
Depois de um momento inicial para explicar a génese e os objectivos da Assembleia, deu-se a palavra a todos os interessados - e foram muitos – que pretendessem apresentar os seus problemas ou fazer uma rápida abordagem de assuntos que considerassem relevantes para serem ali discutidos.

POVO "À RASCA"

Trabalhadoras/es empregad@s e desempregad@s, manuais ou intelectuais “à rasca”, novos e velhos “à rasca”:

Ponhamos nós “à rasca” todos os privilegiados, políticos e poderosos do Estado e do dinheiro…


REVOLTEMO-NOS CONTRA A MISÉRIA!

Exijamos a igualdade, o fim dos privilégios e mordomias de gestores e homens de Estado, o fim das misérias e dos “cortes” nos apoios sociais a desempregad@s, precári@s e reformad@s!

Recusemos os aumentos dos preços, os abusos patronais, os cortes nos salários, a redução de direitos sociais e laborais (que as direitas querem e os centros e esquerdas parlamentares consentem!...) E que todos os governos de ladrões promovem!

terça-feira, 15 de março de 2011

ASSEMBLEIA POPULAR - SÁBADO, 19 de Março - Pr. D. João I, Porto – 14h

O que é e para que serve?
É uma reunião pública e popular, geralmente num local aberto, onde as pessoas que o desejarem são convidadas a exprimir livremente e de forma organizada, as suas opiniões e ideias sobre uma situação ou questão de interesse geral ou a tomarem resoluções em comum, votando por maioria. Ao contrário de um parlamento ou assembleia estatal, aqui as pessoas participam directamente na resolução de problemas comuns em vez de elegerem “representantes” para o fazer por elas. Se escolherem alguém eleito nestas assembleias para alguma tarefa especial, esse alguém pode ser revogável a qualquer momento por nova assembleia, se não cumpriu, por qualquer razão o que se comprometeu perante o povo.
Tais assembleias funcionam pois em DEMOCRACIA DIRECTA, propondo e votando coisas a fazer - sobretudo- e não, em regra, pessoas para decidirem pelas outras o que fazer.

segunda-feira, 14 de março de 2011

AIT-SP nos protestos de 12 de Março

A Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores marcou a sua presença, juntamente com outros militantes libertários, nos protestos de 12 de Março contra a precariedade laboral.
 
No Porto e em Lisboa, marcámos presença com as nossas faixas, bandeiras, comunicados e palavras de ordem.
Em Lisboa foi distribuído um comunicado com o título "A precariedade é o estado normal das nossas vidas sob o domínio do Estado e do Capital".
No Porto, no final da manifestação, realizou-se uma assembleia popular com a presença de duas centenas de pessoas na Praça D. João I. Para o próximo sábado, dia 19 de Março, os libertários do Porto convocaram uma nova assembleia popular.

domingo, 13 de março de 2011

A precariedade é o estado normal das nossas vidas sob o domínio do Estado e do Capital

Todos sabemos que a precariedade laboral, o desemprego e os salários de miséria não são um problema só dos jovens licenciados, mas da grande maioria dos trabalhadores. Portanto, reivindicar trabalho estável e salários dignos apenas para quem é jovem e tem formação universitária não poderá passar de uma piada de mau-gosto.

Quando falamos de precariedade estamos a falar de grande maioria da população: trabalhadores contratados ou não, desempregados, reformados, jovens à procura de um modo de vida e sem-abrigo, sejam eles portugueses ou imigrantes.

A percentagem de trabalhadores precarizados pode ser estimada entre 40 e 50% da população total, se contarmos com os trabalhadores “contratados” através de empresas de trabalho temporário, os desempregados, os sub-empregados (trabalho parcial), os que estão sujeitos a formas encapotadas de desemprego (“empregados” em acções de formação, com reformas antecipadas, vítimas de rescisões por “acordo mútuo”, etc.) e ainda os chamados trabalhadores ilegais. Segundo dados oficiais, mais de um terço dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal recebiam em 2010 menos de 600 euros mensais, não chegando o salário médio aos 800 euros.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Organiza-te e luta contra toda a repressão e exploração!

Os trabalhadores  da Tunísia confrontaram a velha ditadura e, agora, trabalhadores, desempregados e estudantes confrontam o regime de Mubarak. Os trabalhadores do Egipto e da Tunísia são uma inspiração para o movimento mundial da classe trabalhadora!

Eles estão a demonstrar, uma vez mais, o poder das pessoas comuns para mudarem as coisas pelas suas próprias forças. A Associação Internacional dos Trabalhadores, através do seu Secretariado, condena fortemente toda a repressão contra os manifestantes!

Não temos ilusões sobre aos políticos que agora lutam entre si para se tornarem nos novos líderes do Egipto. Eles hão-de utilizar os trabalhadores como carne para canhão na sua aposta para se verem livres de Mubarak mas, uma vez no poder, os mesmos líderes hão-de fazer uso das forças de repressão, o Estado, o Exército, e a Polícia, para restaurarem a ordem e tornarem o Egipto, uma vez mais, seguro para o lucro capitalista.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Novo protesto em frente ao Hotel Vincci de Lisboa

Na tarde de 29 de Janeiro, a AIT-Secção Portuguesa realizou um novo protesto em frente ao Hotel Vincci na Baixa de Lisboa. Nesta segunda concentração em solidariedade com o companheiro Manuel Puente, da CNT-AIT Granada (Espanha), que foi despedido pelo Hotel Vincci de Granada, quando se encontrava de baixa, após ter sofrido um acidente laboral, voltou a exibir-se uma faixa e um cartaz que informava sobre a situação e distribuíram-se vários comunicados a quem por ali passava, incluindo clientes e trabalhadores do hotel.

A certa altura, uma pessoa que se pensa estar ligada à gerência do hotel (o que não foi possível confirmar), tentou em vão intimidar as pessoas presentes, alegando que não era permitido permanecerem em frente ao hotel, mas não houve depois qualquer incidente.

Após duas horas de concentração frente ao hotel Vincci, distribuíram-se os restantes comunicados numa rua ali próxima.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Protesto em frente ao Hotel Vincci de Lisboa



 No dia 15 de Janeiro, a AIT-Secção Portuguesa realizou uma concentração de solidariedade em frente ao Hotel Vincci da Baixa de Lisboa (a única unidade desta cadeia de hotéis em Portugal). Durante cerca de uma hora foram distribuídos comunicados a trabalhadores e clientes do hotel, assim como aos transeuntes. Exibiu-se uma faixa e um cartaz onde se lia, respectivamente, “Face à exploração laboral não cruzes os braços! Organiza-te e luta!” e “Hotel Vincci-Granada explora e despede vítima de acidente laboral! Readmissão Manuel Puente!”.


Esta acção respondeu a um apelo do sindicato CNT-AIT de Granada (Espanha) para a realização de concentrações no dia 15 de Janeiro em frente a hotéis da cadeia Vincci, em solidariedade com o seu membro Manuel Puente, que foi despedido pelo Hotel Vincci de Granada, quando se encontrava de baixa, após ter sofrido um acidente laboral. Esta cadeia de hotéis tem unidades sobretudo em Espanha, mas também na Tunísia, Estados Unidos e Portugal.

Texto do comunicado distribuido: 
http://ait-sp.blogspot.com/2011/01/o-hotel-vincci-explora-e-despede.html

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Hotel Vincci explora e despede!


Solidariedade com Manuel Puente, vítima de acidente laboral e despedido pelo Hotel Vincci de Granada (Espanha)

Esta cadeia de hóteis possui um hotel na Baixa de Lisboa (Rua do Comércio, nº 32 a 38)

A cadeia de hotéis Vincci despediu Manuel Puente, membro do sindicato CNT – Confederación Nacional del Trabajo (secção da AIT em Espanha) que trabalhava há mais de sete anos no hotel Vincci de Granada, quando se encontrava de baixa após ter sofrido um acidente de trabalho. Este acidente provocou-lhe lesões físicas que o impedirão de trabalhar durante vários anos.

A prática laboral desta cadeia de hotéis destaca-se pelos despedimentos premeditados nos últimos meses, pelo recurso reiterado a empresas de trabalho temporário em detrimento do emprego fixo e pelo incumprimento sistemático do acordo colectivo do sector. Mas destaca-se fundamentalmente pelos níveis cada vez maiores de exploração exercida sobre os trabalhadores, que se vêem obrigados a trabalhar horas extraordinárias, em funções diferentes daquelas para que foram contratados e sujeitos a todo o tipo de agressões contra os direitos mais básicos de qualquer trabalhador.

Por isso, solidarizamo-nos com o companheiro Manuel Puente e com o sindicato CNT de Granada, que vêm denunciando e lutando contra este despedimento, que não é um caso isolado no quadro da exploração a que se encontram submetidos os trabalhadores. Neste dia, juntamo-nos às acções de protesto realizadas simultaneamente em hotéis da cadeia Vincci por toda a Península Ibérica.

Sabemos que a exploração e os atropelos à dignidade dos trabalhadores são comuns na indústria hoteleira e apelamos à auto-organização, união e solidariedade entre os trabalhadores - de todos os sectores e situações -, única forma de fazer frente aos desmandos dos patrões.


Associação Internacional dos Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

aitport@yahoo.com
http://ait-sp.blogspot.com