terça-feira, 28 de setembro de 2010

À RUA! À LUTA! BASTA DE ENGANOS! BASTA DE EXPLORAÇÃO!


29   DE   SETEMBRO  (QUARTA)  - PORTO

-ENCONTRO  DE  LIBERTÁRI@s  - 14:30
- NO CENTRO DO JARDIM  DA CORDOARIA
  
-CONCENTRAÇÃO E MANIFESTAÇÃO UNITÁRIA - 15:00 - na Praça dos Leões


UNID@S E AUTO-ORGANIZAD@S NÓS DAMOS-LHE$ A “CRISE”!!!

 - Frente aos diversos cortes nos apoios sociais aos mais carenciados entre nós  (desempregados, reformados, sem-abrigo, etc…), que o actual governo vem fazendo;

 - Frente às condições miseráveis de trabalho impostas  pelo  patronato  e pelo governo (baixos salários, desprezo pelas contratações colectivas, horários de trabalho mais longos, sonegação de direitos conquistados por lutas de várias gerações de  trabalhadores (o limite das 8 horas diárias, uma bandeira de luta levantada pelos anarco-sindicalistas da UON - União Operária Nacional - e antiga CGT portuguesa, há mais de  100 anos, são um exemplo);

- Frente a outras “medidas” com as quais, à escala nacional e internacional,  o Capital e os seus amigalhaços do alto dos Estados, tentam fazer os trabalhadores e os povos, pagar a “crise”  - que a azelhice e a gula de lucros fáceis de capitalistas, gestores e políticos,  sempre cria e criou  - as JORNADAS DE LUTA E GREVES DA PRÓXIMA QUARTA–FEIRA, 29 DE SETEMBRO, que estão anunciadas à escala europeia, SÃO MAIS QUE JUSTIFICADAS!... SOBRETUDO AQUI -  ONDE TEMOS AS PIORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E SOCIAIS DA EUROPA OCIDENTAL !

É IMPORTANTE QUE NINGUÉM FIQUE EM CASA, QUE @S MAIS ATINGID@S PELA “CRISE” SE JUNTEM E FAÇAM TAMBÉM OUVIR A SUA VOZ !
… Até porque, “ainda a procissão vai no adro” e, para “poupar” mais uns milhões, os do Poder se preparam para EXECUTAR AINDA MAIS CORTES nos apoios sociais e NOS DIREITOS D@S TRABALHADORAS/ES!... Mas não, isso nunca - “jamais”! - nos “ordenados” chorudos de ministros, secretários de Estado e outros cargos políticos, nem nos de administradores bancários e de outras grandes empresas!...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Jornadas Anarquistas e Anarco-Sindicalistas – Porto - 15 a 17 Outubro 2010


+ 1ª Circular (em PDF)
+ Textos para introdução aos temas dos debates (em PDF)


PROGRAMA

15 Outubro (sexta-feira)

- 19.00h - ABERTURA: Boas-vindas aos colectivos e pessoas participantes -Apresentação dos objectivos das Jornadas - Informações adicionais sobre logística (espaços para bancas informativas, refeições, dormidas, etc.)

- 19.30h - DEBATE: “RAÍZES  E LEGADO DO ANARQUISMO E ANARCO-SINDICALISMO EM PORTUGAL – UON , CGT, UAP, FARP, etc…”

- 20.30h - JANTAR

- 21.30h - vídeo “Memória Subversiva” (de J. Tavares) seguido de DEBATE: “ACTUALIDADE DO ANARQUISMO E DO ANARCO-SINDICALISMO: PRESERVAR AS RAÍZES – AGARRAR O PRESENTE”

16 Outubro (sábado)

- 10.00h - TRILHA PEDESTRE DA MEMÓRIA LIBERTÁRIA DO PORTO

- 12.30h – ALMOÇO

- 14.30h - DEBATE: “A REVOLUÇÃO SOCIAL COMO PROCESSO (Experiências históricas, reflexões, vídeos, textos, etc.)”

- 16.00h - Pausa p/ café

- 16.15h - DEBATE: “OS MOVIMENTOS SOCIAIS E @S ANARQUISTAS EM PORTUGAL HOJE – possíveis estratégias de ligação aos meios laborais e populares”

- 18.30h - DEBATE E EXPERIMENTAÇÕES: “ANIMAÇÃO ANARQUISTA -  RECUPERAÇÃO DAS “VELADAS SOCIAIS”, TEATRO INVISÍVEL, CANTO E ANIMAÇÃO DE RUA, etc.”

- 20.00h - JANTAR

- 21.00h - vídeo “THE TAKE” (ocupação de fábricas e autogestão na Argentina) seguida de DEBATE: “AUTOGESTÃO E COOPERATIVISMO em contexto capitalista” – com alguma informação também sobre a discussão deste tema na última  Conferência da AIT/IWA, em León, organizada pela CNT-E, em Agosto.

17 Outubro (domingo)

- 10.00h – vídeo “ARTE E ANARQUIA” seguido de DEBATE: “ARTE/S E COMPROMETIMENTO SOCIAL REVOLUCIONÁRIO D@S ARTISTAS”
                                                 
- 11.30h - DEBATE: “EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E PEDAGOGIA ANARQUISTA – contributos recentes sobre o tema” (experiências educativas formais e informais: círculos de estudos, universidades populares, proj. REGRALL, grupos escolares, etc…)

- 13.00h - Almoço

- 14.30h - “OS CEM ANOS DA CNT em Espanha e no Mundo” - apresentação de vídeos, depoimentos de companheir@s da CNT, etc.
DEBATE: “ANARQUISMO E ANARCO-SINDICALISMO - COMPLEMENTARIEDADE OU OPOSIÇÃO?”

- 18.00h - Espaço exclusivo para a EXPOSIÇÃO E DIVULGAÇÃO DE “MEDIAS “(SITES, PUBLICAÇÕES, EDITORAS) sobre ANARQUISMO E ANARCOSINDICALISMO (c/intercâmbio e apresentações informais - iniciativas e projectos) - poderá funcionar em simultâneo com a realização das jornadas ou em horário especial

- 19.30 - JANTAR CONJUNTO DE DESPEDIDA, CONVÍVIO INFORMAL, TROCA DE CONTACTOS, ETC.


Organização da iniciativa:

AIT - Secção Portuguesa | SOV.AIT-SP – Porto | CESL (Círculo de Estudos Sociais Libertários) - Porto + outros colectivos e indivíduos libertários

sábado, 18 de setembro de 2010

Testemunha do SEF falta a julgamento de activistas


retirado de: http://pt.indymedia.org/conteudo/editorial/2301

Nenhuma das duas testemunhas do SEF ouvidas ontem no Tribunal do Bolhão associou os arguidos à acusação de que incorrem. Disseram-se, sim, “melindrados” com notícias publicadas em jornais, que culpavam moralmente os serviços do Porto do SEF (cujos quadros integram) pelo suicídio do imigrante paquistanês Ahmed Hussein, em 2006.

Não conheceram o dito senhor, não lidaram directamente com o caso. E mais não sabiam. Ahmed Hussein vivia e trabalhava em Portugal há cinco anos quando um dia se atirou da ponte D. Luis I. Isto aconteceu pouco depois de os serviços do SEF do Porto lhe terem negado a continuação de permanência em Portugal, alegadamente por os seus ganhos anuais não perfazerem os 5 400 euros anuais então exigidos, apesar de ele sempre ter feito os seus descontos para a Segurança Social enquanto cá viveu e trabalhou.

Fazendo eco da denúncia feita por elementos da comunidade paquistanesa do Porto, várias associações de apoio a imigrantes e trabalhadores imigrantes e portugueses decidiram realizar uma conferência de imprensa e uma manifestação de protesto e luto, reclamando da forma como os serviços do SEF do Porto vinham tratando os trabalhadores imigrantes e endossando-lhes “responsabilidade moral” pelo suicídio de Ahmid Hussein.

Destas acções, no Verão de 2006, à qual aderiram vários outros movimentos cívicos, resultaria a demissão do antigo chefe daquela polícia no Porto e o processo por difamação, agora em julgamento, movido aos activistas de quatro associações: ESSALAM (Maghreb), AACILUS (Afro-Brasil.), Terra Viva!AES (Pt) e MUSAS (Pt).

Quatro anos depois, o caso sobe à barra do tribunal, registando a ausência da aparente principal testemunha de acusação, elemento do SEF de momento com licença sem vencimento, alegadamente algures no estrangeiro.

sábado, 11 de setembro de 2010

Processo contra activistas defensores de trabalhadores imigrantes continua

Audiência marcada para 15 de Setembro - Tribunal do Bolhão - Porto

Este processo arrasta-se desde há mais de quatro anos, depois de activistas de quatro associações do Porto (Essalam, Terra Viva!AES, AACILUS e Espaço MUSAS) terem sido acusados de "difamação grave" aos serviços do SEF (polícia de estrangeiros e fronteiras) do Porto, no decorrer de conferências de imprensa, assembleias de trabalhadores imigrantes e portugueses e de uma manifestação de luto e protesto na baixa portuense (24-06-2006), acusando aqueles serviços no Porto de "moralmente culpados" pelo suicídio do trabalhador paquistanês Ahmid Hussein e reclamando a demissão daqueles serviços do então seu director, Eduardo Margarido.

O caso reporta-se às denúncias de trabalhadores da comunidade paquistanesa – entre outras comunidades de trabalhadores imigrantes do Porto – referindo a forma como vinham a ser tratados até então no SEF do Porto e que estaria na origem da depressão e posterior suicídio do trabalhador Hussein, trabalhador da construção civil em regime precário, a quem aqueles serviços do SEF teriam exigido prova de ganho anual de 5400 Euros para poder continuar a residir aqui. Estando há mais de cinco anos em Portugal e a descontar para a segurança social portuguesa, Hussein teria argumentado que como precário seria impossível auferir isso anualmente – nem mesmo muitos trabalhadores portugueses o poderiam fazer. Então, a segurança social portuguesa que lhe devolvesse o que ele tinha descontado e o deixasse assim regressar ao seu país... Não aceite este argumento, e  maltratado e enxovalhado então no SEF do Porto, Hussein teria entrado em depressão, suicidando-se pouco tempo  depois, saltando da ponte D. Luís, deixando viúva e cinco filhos menores no seu país de origem.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Feira do Livro Anarquista de Compostela (Galiza)


A CNT de Compostela organiza a Primeira Feira do Livro Anarquista de Compostela. Diferentes editoras livres e anarquistas do Estado Português e Espanhol estarão presentes com suas bancas de venda durante os dias 9 a 11 de Setembro. O evento terá lugar na Casa das Asociacións do bairro de Conxo, e contará con diversas actividades paralelas e complementárias.

A quinta 9 de Setembro terá lugar a inauguração da Feira, às 16:30 horas. A continuação as bancas estarão disponíveis para o público. ÀS 19:30 terá lugar a primeira palestra da feira: Felix Rodrigo Mora disertará sobre Crise e utopia no século XXI.

Na sexta 10 de Setembro Xabier VAlle oferecerá uma palestra, tambem às 19:30, sob o título Cem imagens para um centenário. CNT 1910 - 2010, no que falará dos cem anos de história da organização anarco-sindical em base a cem imagens.

O sábado 11 de Setembro terá lugar, às 19:30, uma mesa redonda na que participarão várias das editoras presentes na feira (Aldarull, FAL, La Felguera e Estaleiro) em base ao tema Edição à margem. Finalmente, o encerramento da feira terá lugar às 21:30.

Acompanhando à feira, poderá ser visitada em qualquer momento uma interessante exposição intitulada Dinamite cerebral. O livro anarquista na Galiza (1837 - 1974), preparada pelo historiador e militante libertário Eliseo Fernández.

Aliás, durante a feira suceder-se-ão diversas apresentações das novidades editoriais das editoras presentes na feira, actos que serão anunciados neste web durante a semana.

O horário da feira será o que segue:

Quinta: 16:30 - 21-30.

Sexta e Sábado: 9 - 14; 16:30 - 21-30.

Se alguma editora tem interesse em participar da feira, e não foi contatada pela CNT, pode fazé-lo nos vindouros dias ligando para o telefone 981 590 910 ou no correio-e compostela@cntgaliza.org

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Acerca da “caça às bruxas” anti-anarquista levada a cabo pela imprensa portuguesa




A maioria dos jornais da chamada “grande imprensa” desinforma, intoxica… Transforma-se em arauta do imobilismo, da acriticidade, do conformismo estupidificante, e é geradora de espíritos medrosos e estéreis, avessos à indignação e à revolta que tanta falta fazem neste país, como no Mundo inteiro!

Comunicado da AIT – Secção Portuguesa à opinião pública

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Conferência da AIT em León (Espanha)

Realizou-se nos dias 13, 14 e 15 de Agosto a Conferência da Associação Internacional dos Trabalhadores sobre “Precariedade, Autogestão e Cooperativas”. A Conferência teve como anfitriã a secção espanhola CNT, realizando-se no IX Acampamento da CNT em La Vecilla, León. Reproduzimos, em seguida, um largo excerto do informe da delegação da secção britânica Solidarity Federation acerca dos trabalhos da conferência.

Participaram cerca de 100 pessoas no acampamento e 60 na conferência. Estiveram representadas 10 secções: a CNT-F (França), a FAU (Alemanha), a Priama Akcia (Eslováquia), a ZSP (Polónia), a Solidarity Federation (Grã-Bretanha), a AIT-Secção Portuguesa, a USI (Itália), a KRAS (Rússia), a NSF (Noruega) e, claro, a CNT-E (Espanha). Também compareceram organizações convidadas: a MASA da Croácia e dois delegados do jornal peruano “Humanidad” que, no entanto, só chegaram várias horas após o encerramento da conferência devido a problemas com os vistos.

Na primeira parte da conferência, foram dados informes acerca da situação em cada país. Demonstrou-se particularmente interessante a experiência da ZSP polaca, que em três anos aumentou a sua afiliação para 50 membros, estando envolvida num grande número de lutas.
No seu informe, a secção russa KRAS descreveu as terríveis condições vividas pelos imigrantes ilegais que trabalham na construção civil na Rússia. As suas vidas são constantemente postas em risco pelos ataques da polícia e dos nazis, e quando se tentam organizar para lutar enfrentam ainda o risco da deportação e da violência das máfias.

A segunda parte da conferência foi dedicada a conflitos específicos nos quais as secções têm estado envolvidas. A CNT-F de Pau descreveu o seu trabalho de organização através de ‘comités’, grupos criados fora do sindicato de forma a envolver outros trabalhadores militantes que possuíam uma profunda desconfiança face aos sindicatos, extendida, de início, à própria CNT-F. A sua acção mais inspiradora foi a ocupação de uma autoridade estatal do trabalho levada a cabo pelo comité de desempregados. Esta acção envolveu algumas mães de família, que recorreram à acção directa pela primeira vez nas suas vidas, e que se demonstraram as mais militantes – permanecendo até serem retiradas pela polícia. Alguns dos membros mais activos destes comités acabaram por se juntar à CNT-F à medida que as lutas particulares foram acalmando.
A  ZSP também deu conta do seu trabalho com um trabalhador polaco emigrado que, após ter sido colocado por uma empresa de trabalho temporário num trabalho sem condições de segurança num estaleiro na Holanda, acabou por ficar com uma conta de hospital de 2.000 euros para pagar e teve de pagar do próprio bolso as despesas de viagem. Não teve direito a seguro nem a formação e não sabia sequer o nome do estaleiro onde esteve a trabalhar. Utilizando métodos argutos, a ZSP conseguiu localizar o estaleiro e organizou acções na Polónia e na Holanda juntamente com um grupo holandês (Grupo Anarquista de Amesterdão – AGA), conseguindo não só que o trabalhador recebesse o dinheiro devido como também a melhoria das condições para os futuros trabalhadores.
O informe da CNT-E sobre a luta na Ryanair destacou os problemas enfrentados pelos activistas sindicais. Neste caso, um militante da CNT foi despedido após se ter recusado a assinar um documento em que se dissociava do sindicato. Apesar de a CNT ter obtido do tribunal uma sentença a favor da readmissão do trabalhador, isto levou a um debate dentro do sindicato sobre legalismo, acção directa e como se organizar contra multinacionais poderosas, que também se reflectiu na discussão subsequente. Dois membros da FAU do cinema Babylon em Berlim também forneceram uma actualização acerca deste conflito, após a proibição do tribunal que pesava sobre as actividades sindicais da FAU ter sido revogada.