quarta-feira, 28 de abril de 2010

1º Maio Antiautoritário e Anticapitalista em Setúbal


1º Maio Antiautoritário e Anticapitalista
CONCENTRAÇÃO
SETÚBAL - Largo da Misericórdia - 13:30h

Tudo o que nos resta nestes 124 anos que nos separam das origens do 1º de Maio é o exemplo e a história daqueles milhões de trabalhadores, desempregados e oprimidos que pelo mundo inteiro se uniram e se levantaram para resgatar a dignidade roubada e encarcerada juntamente com aqueles 8 anarquistas de Chicago.

Aquilo que se aprendeu então, não foram as lições dos democratas e traidores de hoje em dia que nos prometem uma exploração mais humana, uma miséria mais tolerável, uma escravatura menos precária: foi, isso sim, o valor da solidariedade, da luta sem cedências, do assalto colectivo aos antros de poder e corrupção assim como de rebelião individual contra toda a autoridade.

Contra um 1º de Maio institucionalizado, que comemora a exploração laboral, a opressão e a hipocrisia dos sindicatos perante este sistema, contra uma sociedade capitalista e autoritária, de vencedores e vencidos, propomos a recuperação da rua enquanto espaço onde há um combate a travar por uma existência autónoma e, por isso, livre.

Divulga e Aparece!

Sexta-feira, 30 de Abril às 20:30 - Apresentação da Federação de Estudantes Libertários em Almada


Sexta-feira, 30 de Abril às 20:30 - Apresentação da Federação de Estudantes Libertários



Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido do Reis, 121, 1º Dto - Cacilhas - Almada

Apresentação da FEL - Federação de Estudantes Libertários

A FEL é composta por pessoas que estão organizadas em grupos duma forma livre e estes têm um funcionamento autónomo. Nestes grupos, as decisões são tomadas na assembleia, que é o mais alto órgão decisório de cada grupo. Tanto nos diferentes grupos como a nível federal, as decisões são tomadas por consenso.
Deste modo, asseguramos que todas as opiniões e posições são apreciadas e valorizadas de igual modo, e afastamo-nos da politiquice e das lutas internas grupusculares. Temos também de garantir que as decisões de um grupo, ou da federação, são apoiadas por todxs xs envolvidxs.

Os indivíduos que compõem os diferentes grupos que integram a FEL são partidários das ideias anarquistas e comprometem-se a divulgá-las. Além disso, marcam o seu posicionamento contra qualquer opressão de tipo político, económico, cultural, sexual, racial ou militar, ou seja, são totalmente contra o autoritarismo exercido por uma pessoa contra outra, independentemente da área onde ele se manifesta.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Conversa em Salamanca: "Represión y situación actual del movimiento libertario en Portugal"


Sábado 24 de Abril, 18:00
"Represión y situación actual del movimiento libertario en Portugal"
a cargo de la sección portuguesa de la AIT (AIT-SP)

en el local de CNT-AIT (Avenida de Italia, 24-26) - Salamanca (Espanha)

organiza: CNT-AIT Salamanca e F.I.J.A.
http://salamanca.cnt.es/

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Resumo e actualização do caso dos 6 de Belgrado


Reproduzimos a tradução para português de uma declaração da Iniciativa Anarco-Sindicalista (ASI), secção sérvia da AIT, datada de 4 de Abril de 2010, sobre  o caso dos 6 de Belgrado e a repressão exercida pelo Estado da Sérvia sobre o movimento libertário. Apela-se à realização de acções de protesto que conduzam ao fim da repressão sobre os anarquistas neste país.


A classe dirigente da Sérvia continua a repressão reforçada contra o movimento libertário, uma repressão que teve início com a detenção dos seis de Belgrado – Sanja Dojkić, Tadej Kurepa, Ratibor Trivunac, Ivan Vulović, Nikola Mitrović e Ivan Savić – em Setembro de 2009. O grupo “Crni Ilija”, até então desconhecido, reivindicou a responsabilidade pelo lançamento de duas garrafas de líquido inflamável no pavimento perto da Embaixada da Grécia em Belgrado, como reacção contra o tratamento desumano dado pelo Estado Grego aos rebeldes, causando danos à Embaixada no valor de 18 euros. Os media do regime, apoiados pelos analistas do regime e por “fontes bem informadas”, lançaram uma perseguição contra a única organização anarquista que actua publicamente na Sérvia – a Confederação Sindical “Iniciativa Anarco-Sindicalista” (ASI), secção da Associação Internacional dos Trabalhadores. Aquilo que começou como uma especulação mediática sobre a ligação entre a ASI e os acontecimentos da Embaixada foi completado com a detenção de quatro membros do grupo local da ASI em Belgrado e de outros dois anarquistas desta cidade e, mais tarde, após a intervenção de “altos cargos”, com o agravamento da primeira acusação para a de crime de “terrorismo internacional”. Os 6 de Belgrado passaram cerca de cinco meses e meio em terríveis condições de isolamento e de tortura na Prisão Central de Belgrado.

A reacção à manifesta arrogância e às visíveis acções repressivas do Estado, reflectidas na fabricação de provas contra os anarquistas e na absurda qualificação desta acção como “terrorismo internacional”, serviu de base para a mobilização massiva da opinião pública crítica contra este processo, que foi imediatamente rotulado como um processo político contra os críticos do regime. Durante o período em que os 6 de Belgrado permaneceram sob custódia, a opinião pública, tanto na Sérvia e na sua região como no mundo inteiro, reagiu energicamente contra o comportamento das autoridades sérvias. Além de grande número de petições públicas e de cartas de protesto, o movimento libertário organizou uma série de acções de protesto – na Sérvia, bem como na Croácia, Macedónia, Eslovénia, Polónia, Eslováquia, Portugal, Áustria, Austrália, Grã-Bretanha, Rússia, Ucrânia, Grécia, República Checa, Holanda, Bulgária, Alemanha, Hungria, Itália, França, Turquia, EUA, Suíça, Suécia, Espanha, etc... Os protestos e actividades de apoio aos anarquistas presos contaram com a participação de muitos intelectuais, artistas e figuras públicas, críticos de todo o território da antiga Jugoslávia. O interesse provocado pelo caso e a pressão pública desempenharam, sem dúvida, um papel crucial na revogação da detenção dos 6 de Belgrado. Durante a primeira audiência, que teve lugar no dia 17 de Fevereiro, à qual tentaram assistir mais de 200 pessoas da Sérvia e de outros países, o tribunal decidiu pela revogação da detenção preventiva após ouvir as declarações dos réus, permitindo aos anarquistas acusados a continuação da sua defesa em liberdade.