sábado, 20 de dezembro de 2014

Sindicato de oficíos vários do Porto filiado na AIT-SP



Vem conhecer-nos e talvez , encontres o que procuras em termos de luta contra uma sociedade desigualitária , injusta , opressora , individualista e na qual quase tudo se reduz ao poder do mais forte e do mais rico.
Pensa com a tua cabeça e participa  na criação e concretização da tua forma de luta , sem chefes e sem dirigentes, sem subvenções do Estado e sem partidos politicos . Podemos e devemos marcar a diferença para que um dia a sociedade libertária seja efetiva mas, até lá é preciso lutar e acreditar que podemos contribuir para isso à medida das nossas necessidades  e segundo as nossas possibilidades. De que maneira ? Através da solidariedade e apoio mútuo , internacionalização, auto-organização e auto-gestão . Contra o Estado e o Capital porque há outras formas de organização da sociedade (sociedade sem classes ) e porque há outras formas de gerir a riqueza (auto-gestão).


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Congresso extraordinário da AIT decorreu no Porto este fim-de-semana


Nos dias 6 e 7 de Dezembro teve lugar no Porto um Congresso extraordinário da AIT. Em agenda estiveram vários pontos que tinham ficado em aberto no XXV Congresso de 2013, para além de outras moções e iniciativas.  Participaram 80 delegados e observadores de 13 secções e uma organização amiga.
As emoções estiveram em alta durante todo o Congresso e, mais uma vez, alguns assuntos tiveram que transitar para o próximo Congresso, a realizar em 2016. Foi aprovada uma série de novas iniciativas, incluindo a criação de um grupo de media, um projecto histórico e a continuação dos preparativos para as grandes comemorações do centenário (da AIT) em 2022.
Damos as boas vindas à OLS da Suécia como um novo Amigo da AIT. Todos nós ficámos agradados ao saber do trabalho que realizam e do sucesso obtido nalguns conflitos laborais e estamos desejosos de uma cooperação frutuosa no futuro.
Além do Congresso, realizou-se também uma sessão pública na noite de sábado. Delegados do STSI de Madrid, SOV do Porto, OLS, SolFed, ZSP, CNT-AIT França e ASI falaram sobre os diferentes conflitos laborais e as lutas que estão a levar a cabo nos seus países. Infelizmente o tempo acabou antes de todos terem tido oportunidade de falarem. No entanto, foi muito interessante e edificante ouvi-los, reforçando quer as nossas lutas, objectivos e tácticas, quer aumentando a solidariedade e o moral.
Agradecemos aos camaradas da AIT-SP pela organização deste evento e pela excelente preparação do Congresso!
Esperamos que no ano que está quase a começar as nossas novas iniciativas se comecem a desenvolver, que as secções continuem empenhadas nas suas batalhas locais e que a coordenação internacional seja melhorada.
Agradecemos também a todas as organizações que enviaram saudações solidárias ao Congresso.

Secretaria Geral
Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT-IWA)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ACAMPAMENTO LIBERTÁRIO no mês de SETEMBRO em Sta Cruz do Bispo/Matosinhos 





PROGRAMA PROPOSTO

Sexta-feira  - 5 de Setembro 
10:00 h.  Abertura do Campo -1ªapresentação – Assembleia de Participantes: informação sobre objetivos (aspectos ideológicos e de inter-acção grupal), orgânica do Campo( Autogestão, auto-organização e auto-responsabilidade, Serviços e Grupos de Trabalho e seu funcionamento, cuidados a ter com o local );
12:00 h. Almoço / pique-nique coletivo
14:30 h. Visita ao local do acampamento juvenil de 1970 e do atual projeto “RafparK”,  observação do novo nó rodoviário da VRI com a A41
16:00 h.  Debate sobre o projeto “Rafpark” e seus principais efeitos anti-ecológicos  e anti-populares
18:00 h. Assembleia de Participantes ( melhorias no funcionamento do campo, atividades a desenvolver, etc…)
20:30 h. Jantar
21:30 h. “Fogo do Conselho” , canções de intervenção de outros tempos e atuais, poesia libertária

domingo, 13 de julho de 2014

Novo contacto da AIT-SP em Coimbra

Novo contacto de membros da AIT-SP em Coimbra com vista à formação de um núcleo local:

coimbraait@gmail.com

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Solidariedade com a luta na Cerâmica Neuquén na Argentina

Há mais de um mês iniciou-se um conflito na Cerâmica Neuquén situada no parque industrial desta cidade e 140 famílias estão a suportar a greve na fábrica. Devem duas quinzenas de salários aos trabalhadores e querem deixá-los na rua fechando a empresa. Na última reunião o dono deu-lhes como única solução para o conflito fechar a fábrica e pagar os salários em dívida com a última produção realizada antes do cessar de atividades. A fábrica está parada, os trabalhadores sem sustento económico e nenhuma das respostas dadas pelo dono garante a estabilidade laboral dos trabalhadores.

As irregularidades começaram quando não lhes pagaram as férias e ficaram em dívida duas quinzenas de ordenados. Quiseram dar aos trabalhadores umas férias fora da data habitual e quando estes se informaram do porquê desta irregularidade, descobriram que realmente se tratava de uma suspensão e foi quando o dono exprimiu a sua intenção de fechar.
José Luis Villafranca, atual dono da Cerâmica Neuquén, que recebeu subsídios milionários do Estado provincial, não quer saber da situação, deixando grandes dívidas e dilatando o conflito no tempo.

Os trabalhadores da Cerâmica Neuquén querem voltar a trabalhar e necessitam do apoio da comunidade, seja na forma de alimentos, contribuições para o fundo de greve ou difusão pública do conflito, para seguir resistindo e procurando uma solução real e efectiva para as 140 famílias que ficaram sem trabalho.

Apelamos a que se solidarizarem com os trabalhadores da Cerâmica Neuquén!

CONTRIBUIÇÕES PARA O FUNDO DE GREVE:
CONTA Nº: 0440017240000155465374, CBU: 4_017_000_1554653_7
Em nome de Mauro Jiménez (BANCO HIPOTECÁRIO)

Sociedade de Resistência Ofícios Vários de Neuquén
Aderida à FEDERAÇÃO OPERÁRIA REGIONAL ARGENTINA – AIT
Maio de 2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

Conferência de marketing em Lisboa interrompida em solidariedade com os trabalhadores da Mediapost despedidos


Membros da AIT-SP invadiram hoje o auditório do Estádio de Alvalade em Lisboa e interromperam a conferência “Direct & Digital Marketing”, organizada pela multinacional de publicidade e marketing Mediapost, do grupo La Poste.

Esta acção teve por finalidade protestar contra o despedimento de 14 trabalhadores em Barakaldo (País Basco), entre os quais vários delegados sindicais da Confederação Nacional do Trabalho, numa clara tentativa de reprimir quem tem contestado as acções da empresa, que tenta obrigar os trabalhadores a aceitar reduções salariais ou de horário, sob ameaça de despedimento.

Foram gritadas palavras de solidariedade com os trabalhadores despedidos e foi exibida uma faixa com a frase “Mediapost explora, persegue, despede”. Na sala estavam presentes vários figurões do marketing nacional e internacional e o director geral da Mediapost em Portugal.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Solidariedade contra os despedimentos na Mediapost!


A empresa de marketing e publicidade Mediapost, que factura anualmente 600 milhões de euros, tem vindo a despedir vários trabalhadores em Barakaldo (País Basco, Espanha).  

Já foram despedidas 14 pessoas, entre as quais vários delegados sindicais da Confederação Nacional do Trabalho, numa clara tentativa de reprimir quem tem contestado as acções da empresa, que quer aumentar os lucros à custa dos trabalhadores, tentando obrigá-los a aceitar reduções salariais ou de horário, com a ameaça de despedimento.  

Porque a solidariedade entre os explorados não conhece fronteiras foi convocada uma semana de acções internacionais para denunciar a actuação desta empresa.  

Readmissão imediata dos trabalhadores despedidos na Mediapost!   

Contra a exploração laboral, organiza-te e luta!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Porto 2014 : 1º Maio e Trilha da Memória Libertária do Porto (1886 -1979)


15.30 h : Bancas libertárias 
e canções operárias na Praça General Humberto Delgado em frente à Câmara Municipal do Porto


 








10.30 h  : Trilha da Memória  Libertária e do Movimento Operário do Porto ( 1886 - 1979 )

O Porto é conhecido geralmente por grandes tradições liberais mas as suas tradições libertárias -anarquistas, anti hierárquicas - forjadas nos meios operários e populares  no ambiente social de entre os anos 80 do século XIX e os anos 20 e 30 do século XX - prolongando-se inclusive na resistência ao facismo salazarista - estão injustamente esquecidas pelas novas gerações...quem sabe por exemplo que sabe por exemplo que entre 1886 e 1933 (ano da fascização  e proibição pelo Estado Novo de organizações independentes ) existiram 142 grupos anarquistas no distrito do Porto.

Ponto de encontro na cadeia da Relação do Porto


Cadeia da Relação do Porto

Aqui, durante a monarquia como durante a república  (depois de 1910), estiveram centenas de presos , a maioria presos sociais comuns , mas também activistas libertários sobretudo depois das grandes greves  e protestos operários de 1903 , 1912 e 1918 . Também nos anos 50 e 60  por aqui passaram presos antifacistas 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Relato do 1º de Maio em Lisboa


Em Lisboa, cerca de 30 pessoas juntaram-se à concentração “Por um 1º de Maio combativo, contra a 'festa' da miséria” convocada pelo Núcleo de Lisboa da AIT-SP. A concentração permaneceu cerca de uma hora na Praça D. Pedro IV (Rossio), tendo depois arrancado em manifestação, ocupando a rua e cortando o trânsito. Esta manifestação não foi comunicada às autoridades.

A manifestação rumou em direcção ao Pingo Doce da Rua 1º de Dezembro. Aqui tentou-se bloquear a entrada da loja em protesto contra o facto de esta cadeia de supermercados obrigar os seus funcionários a trabalharem no dia 1º de Maio, lançando ainda campanhas de promoções com o objectivo claro de depreciar este dia de luta dos trabalhadores.
A segurança do supermercado rapidamente encerrou as portas do estabelecimento e chamou a polícia. A continuação do bloqueio das entradas da loja foi impedida pela polícia que afastou os manifestantes com ligeiros empurrões. Foram gritadas frases como “Não negociamos a nossa escravidão, a vida é nossa não é do patrão” ou “Anti-capitalistas”.

A manifestação voltou depois ao Rossio, onde se deu a invasão de uma loja da cadeia McDonald’s, com distribuição de comunicados aos trabalhadores, o chão inundado de panfletos que eram atirados para o ar, e gritos de “Não te rebaixes ao patrão” ou “Trabalhadores unidos jamais serão vencidos”.

De seguida, a manifestação dirigiu-se ao Martim Moniz, continuando-se a gritar palavras de ordem como “Ninguém é ilegal” e “Nazis, fascistas, chegou a vossa hora; os imigrantes ficam e vocês vão embora”. Aqui deu-se por terminado o percurso.

terça-feira, 29 de abril de 2014

1º de Maio - Concentração no Rossio


1 de Maio - 15.30 - Concentração no Rossio - Lisboa

Primeiro de Maio: Dia Internacional dos Trabalhadores


Este é o dia em que se comemoram as lutas de todos os trabalhadores de todo o mundo. No entanto, que temos nós para comemorar? O aumento do desemprego? A facilidade dos despedimentos? O trabalho precário? As medidas de "austeridade"?

As confederações sindicais, organizadas segundo um sindicalismo burocrático, revelam ser incapazes de conduzir com sucesso a luta dos trabalhadores contra a classe capitalista que lucra com a nossa miséria.

São necessárias novamente as formas de luta que no passado conquistaram as 8 horas de trabalho, como a acção directa, o boicote, a greve, e a sabotagem. É necessário o sindicalismo revolucionário, organizado pelos trabalhadores de forma assembleária, que não se rende à vontade dos patrões, e que não pára até atingir o seu objectivo final: a emancipação dos trabalhadores.

Contra a "festa" da miséria! É preciso sair à rua, construir alternativas, recuperar as nossas vidas!

Juntem-se a nós. Com os vossos textos, imagens, música, ideias...

https://www.facebook.com/events/626616697423522/

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O 25 de Abril e a intervenção militar

Não se celebra, no 25 de Abril, uma revolução, mas um golpe de estado realizado por uma camada das forças armadas, descontente com a situação que se vivia na altura, incluindo a Guerra Colonial, e procurando apenas o benefício próprio e não o da população explorada.

Só assim se pode compreender como os militares, profissionais da matança e leais protectores do aparelho de estado e grande capital na sua feroz luta de classes contra os trabalhadores, se tenham virado, temporariamente, contra o próprio sistema que os alimenta e ao qual devem protecção.

Actualmente, é preciso reavivar o verdadeiro Abril: o que não ficou em casa e recusou as ordens dos militares, o da ocupação de terras sem controlo partidário, o das cooperativas e assembleias populares espontâneas. Nenhum governo é capaz de resolver os problemas de quem trabalha e vive agrilhoado pelo capital. Este sistema moribundo, mantido apenas pela força e violência, serve os interesses de quem o comanda e não os do povo. Está apenas interessado em agarrar-se ao poder e em explorar a classe trabalhadora, para que os ricos continuem a enriquecer.

Deixemos de esperar esmolas deixadas cair pela elite descontente do momento e passemos nós próprios a lutar pelas causas que nos dizem respeito, livres da manipulação de partidos políticos, sindicatos e do estado. Somente unidos e auto-organizados poderemos estilhaçar os grilhões da exploração.

A emancipação dos trabalhadores deverá ser obra deles próprios!

Associação Internacional dos Trabalhadores - Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

24/04/2014

quarta-feira, 23 de abril de 2014

TRIUNFO DOS EXCRAVOS | dia 24 de Abril de Almada ao Carmo


20.00 – Praça do MFA – Almada
20.30 – Terminal de transportes – Cacilhas
21.00 – Cais do Sodré – Lisboa


Não saímos à rua para comemorar um golpe militar. Saímos à rua porque partilhamos do sentimento de insubmissão dos que desobedeceram às ordens dos militares para ficarem em casa, ocupando a rua e transformando o que se pretendia como uma transição pacífica numa grande festa de “excessos” revolucionários.

Houve sem dúvida muitas coisas admiráveis no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974. Os escravos perderam o respeito pelos senhores e tomaram a vida nas suas mãos. Quem não tinha casa ocupou-a, quem não tinha terra tomou-a. As relações de autoridade ruíram como se ainda no dia anterior não estivessem de pedra e cal. Mas ainda mais admirável teria sido se essa vontade de cada um ser dono do seu destino tivesse perdurado, se não precisasse da protecção dos militares para continuar.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Nova concentração em Lisboa: Queremos transportes públicos para todos!

11 de Abril (sexta) - 18h
Cais do Sodré, terminal de transportes


Nova concentração em Lisboa!
Apareçam! Tragam textos, imagens, música, ideias...

Porque ficámos com vontade de multiplicar este tipo de protestos a favor de transportes verdadeiramente públicos, para todos.

Porque todos devem ter direito à cidade e à mobilidade, usando os transportes públicos, sem serem multados, perseguidos pelos fiscais e polícia e agora ainda ridicularizados com campanhas destas, a fazer lembrar a PIDE de outros tempos...

Porque exigimos melhores transportes públicos e gratuitos!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Protesto na Embaixada da Argentina em Lisboa pela liberdade dos detidos de Las Heras


Comunicado distribuído na concentração:

Solidariedade com trabalhadores presos na Argentina

Na sequência de uma greve de trabalhadores petrolíferos de 20 dias no ano de 2006, em Las Heras, o poder judicial ordenou a detenção de vários trabalhadores. Estes reagiram manifestando-se junto ao município e foram reprimidos violentamente. Em circunstâncias confusas, acabou por morrer um oficial da polícia.

Seguiu-se uma repressão feroz aos trabalhadores e à população; o povoado de Las Heras foi militarizado, instaurou-se o toque de recolher obrigatório e várias pessoas foram perseguidas, presas e torturadas.

Apesar da única coisa provada no julgamento em Dezembro de 2013 ter sido a tortura sofrida pelos trabalhadores às mãos da polícia, foram condenados quatro trabalhadores a prisão perpétua e outros seis a cinco anos de prisão, por suposta coação agravada, lesões e assassinato de um polícia.

Criminalizar as lutas dos trabalhadores é comum na Argentina e em todo o lugar onde as pessoas se organizam para lutar por uma vida melhor, livre do pesado jugo da exploração, mas nós acreditamos que a solidariedade entre explorados e oprimidos será sempre mais forte do que toda a repressão!

Tomemos a causa destes trabalhadores como nossa, pois o que é passível de acontecer a um, é passível de acontecer a todos.

Absolvição imediata dos trabalhadores de Las Heras!

AIT-SP/Núcleo de Lisboa

03/04/2014

 

terça-feira, 1 de abril de 2014

3 de Abril em Lisboa: Solidariedade com os trabalhadores petrolíferos presos na Argentina!


Concentração na Embaixada da Argentina em Lisboa

Dia 3 de Abril (quinta-feira) às 18:00
   
Av. João Crisóstomo, 8, Lisboa


Na sequência de uma greve dos trabalhadores petrolíferos de 20 dias no ano de 2006, em Las Heras, o poder judicial ordenou a detenção de vários trabalhadores. Estes reagiram manifestando-se junto ao município e foram reprimidos violentamente. Em circunstâncias confusas acabou por morrer um oficial da polícia.

Seguiu-se uma repressão feroz aos trabalhadores e à população, o povoado de Las Heras foi militarizado, instaurou-se o toque de recolher e várias pessoas foram perseguidas, presas e torturadas.

Apesar da única coisa provada no julgamento em Dezembro de 2013 terem sido as torturas sofridas pelos trabalhadores nas mãos da polícia, foram condenados quatro trabalhadores a prisão perpétua e outros seis a cinco anos de prisão, por suposta coacção agravada, lesões e assassinato de um polícia.

Criminalizar as lutas dos trabalhadores é comum na Argentina e em todo o local onde as pessoas se organizam para lutar por uma vida melhor. Mas acreditamos que a solidariedade entre explorados e oprimidos será sempre mais forte do que toda a repressão!

Absolvição imediata dos trabalhadores de Las Heras!

Mais informação no blog da F.O.R.A., a secção da AIT na Argentina: http://fora-ait.com.ar/blog/

sexta-feira, 21 de março de 2014

Contra os despedimentos na TEKA em Espanha


A PORTINOX, do Grupo TEKA, despediu 13 funcionários na fábrica em Granada, Espanha.
A multinacional, a operar em 33 países, não pode valer-se da desculpa das dificuldades económicas, pois se a situação fosse grave, os cortes teriam de se repercurtir nos avultados salários dos gerentes e não nos dos trabalhadores.
O mais provável é que este despedimento colectivo se enquadre numa estratégia da empresa para desmantelar e transferir a Portinox para países onde a produção seja mais barata, como mostra a actuação do grupo Teka em Santander, Espanha, com o despedimento de 198 trabalhadores. 
Isto tudo, como sempre, com a colaboração desprezível do Ministério do Emprego Espanhol, dos meios de comunicação social que se têm limitado a passar a versão da empresa, chegando a citar textualmente as cartas de demissão e com os sindicatos oficiais a limitarem-se a seguir as instruções que o patronato lhes ditou.
A última palavra é, pois, dos trabalhadores. Apenas organizados poderemos fazer valer a nossa voz!
A CNT, Confederação Nacional do Trabalho, tem estado em luta contra a empresa há vários meses e hoje multiplicam-se em todo o mundo as acções de solidariedade para que os trabalhadores sejam readmitidos. 
Em Espanha, em Portugal e em todo o lado, a solidariedade entre trabalhadores e trabalhadoras em luta será sempre mais forte do que toda a repressão dos patrões!

Readmissão dos trabalhadores despedidos em Granada!

Um ataque contra um é um ataque contra todos!

AIT-SP | Núcleo de Lisboa  
20/03/2014

quinta-feira, 20 de março de 2014

Relato da concentração "Queremos transportes públicos para todos!"

 

 Esta quarta-feira, dia 19 de Março, realizou-se no terminal de transportes do Campo Grande (Lisboa), uma concentração com o mote "Abra os olhos e combata a fraude capitalista! Queremos transportes públicos para todos!". 

A convocatória inicial do Núcleo de Lisboa da AIT-SP foi tomada por muita gente como sua, resultado da indignação provocada pela campanha do Metro/Carris a favor da delação dos utentes que não pagam bilhete e à exclusão de cada vez mais pessoas do direito à mobilidade, por não terem dinheiro para pagar transportes cada vez mais caros.
Ao longo de duas horas as centenas de comunicados foram poucos para tantos transeuntes apressados. Ainda assim, muitos foram os que abrandaram o passo e expressaram o seu apoio. A banda Ritmos de Resistência somou-se à concentração animando os presentes e levando mais gente a reparar no protesto. No final, ficámos todos com vontade de multiplicar este tipo de protestos a favor de transportes verdadeiramente públicos, para todos.

A todos os que participaram fica o nosso agradecimento.


















Fotos de Guilhotina.info.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A Comuna de Paris

                                   A COMUNA NÃO ESTÁ MORTA!
                                 (La Commune n’est pas morte!)
                                                                                                      
 A Comuna de Paris, proclamada a 18 de Março de 1871 pelo operariado e pelo povo de Paris, frente ao despotismo e corrupção  dos governantes, Napoleão III e Thiers,  conluiados com os então invasores prussianos e o seu chefe Bismarck, após o fim da guerra franco-prussiana de 1870, foi “mais do que a última revolução plebeia ou a primeira revolução proletária (…) uma experiência de auto-instituição, um acontecimento que possui autonomia, não apenas pela sua ousadia, mas pela suas singularidades (…), uma linha divisória dos tempos (…), um antes e um depois absolutamente antagónicos e aparentemente  irreconciliáveis” (extraído do livro “Negras tormentas –o federalismo e o internacionalismo na Comuna de Paris” , de Alexandre Samis).
Muitos dos impulsionadores da Comuna (Varlin, Ferré, Duval, Denise…) eram elementos ativos da AIT-Associação Internacional dos Trabalhadores - entretanto extinta num congresso nos Estados Unidos em 1869 pela fação adepta  de Marx – mas que sempre tinha animado fortemente e de forma libertária a organização do proletariado francês.


Ao contrário das interpretações de Marx após a Comuna de Paris, muito vulgarizadas pela literatura marxista-leninista, a Comuna NÂO FOI a “ditadura do proletariado”, pelo menos no sentido que Marx lhe deu: nem havia nela uma UNICIDADE ideológica como acabou por se passar no desenvolvimento da  revolução russa de 1917  (as tendências existentes entre o operariado e o povo na Comuna eram várias e iam para além dos internacionalistas da AIT) nem se visava criar nenhum exército permanente nem nenhuma máquina estatal. A Comuna de  Paris era o POVO EM ARMAS , organizado de forma FEDERADA , com as suas assembleias escolhendo os diversos delegados para as diferentes tarefas mas REVOGÁVEIS A QUALQUER MOMENTO, não tendo nada a ver com o chamado “centralismo democrático” leninista, nem se buscava com a Comuna criar qualquer forma de estatização dos meios de produção (como se viria a passar nas várias experiências de “socialismo real” ou de capitalismo de Estado) mas sim a sua COLECTIVIZAÇÃO pelos trabalhadores e pelo  povo. O operariado parisiense e francês em geral, estava muito mais influenciado pelas ideias mutualistas de Proudhon e coletivistas de Bakunine do que pelo estatismo “socialista” defendido por Marx.

A Comuna de Paris mesmo que esmagada pela reação burguesa francesa e prussiana, continuou a ser um marco separador entre todas as ideias de “recuperação” do Estado, defendidas por todos os marxistas (à exceção de alguns ditos “conselhistas” – adeptos do sistema de Conselhos da revolução alemã de 1918 e do início da revolução russa) e a ideia anarquista da necessária DESTRUIÇÃO DO ESTADO como forma primeira de destruir o CAPITALISMO.

sábado, 15 de março de 2014

19 Março - Concentração: Queremos transportes públicos para todos!


Quarta-feira, 19 de Março, às 18:00
Campo Grande (Lisboa), terminal do metro e autocarros

Abra os olhos e combata a fraude capitalista!

Queremos transportes públicos para todos!

Recentemente, a Carris e o Metro de Lisboa gastaram 9 900€ numa campanha nojenta a apelar a que as pessoas denunciem quem não paga bilhete.

Não somos bufos e não aceitamos que nos venham culpabilizar pela degradação dos transportes “públicos”!

Exigimos respeito!
Exigimos melhores transportes públicos e gratuitos!

Unidos e auto-organizados, nós damos-lhes a crise!

Concentração no Campo Grande, junto ao terminal do metro e autocarros. Apareçam!!!

Associação Internacional dos Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

sexta-feira, 14 de março de 2014

Abra os olhos e combata a fraude capitalista! Queremos transportes públicos para todos!

Recentemente, a Carris e o Metro de Lisboa gastaram 9.900€ numa campanha nojenta a apelar a que as pessoas denunciem quem não paga bilhete. 

Não somos bufos, não aceitamos que nos venham culpabilizar pela degradação dos transportes “públicos” e sabemos bem que:

- O preço dos transportes aumentou em cerca de 25% nos últimos 3 anos;
- Há cada vez menos carreiras e comboios e o tempo de espera é superior;
- Os administradores das empresas de transportes têm salários milionários;
- Nas horas de ponta os comboios vão apinhados e as pessoas são obrigadas a viajar sem condições; 
- As paragens das carreiras não são abrigadas e muitas estações não são acessíveis a pessoas com dificuldades de mobilidade;
- As empresas de transportes despediram 37% dos trabalhadores em 10 anos;
- A maior parte dos prejuízos destas empresas deve-se ao pagamento de juros aos bancos;
- As multas para quem não paga bilhete são exorbitantes e agora cobradas pelas Finanças;
- Há mais de 1 milhão e 500 mil desempregados em Portugal e 25% da população vive no limiar da pobreza.

Fraude é os administradores das empresas de transportes comprarem carrinhos novos no valor de milhões e culpabilizarem os trabalhadores e os utentes pelo péssimo serviço que é prestado. Fraude é termos de pagar por um serviço que já está pago com os nossos impostos e devia ser gratuito. Fraude é haver cada vez mais pessoas obrigadas a sobreviver na miséria enquanto os ricos estão cada vez mais ricos.

Todos têm o direito a poder deslocar-se livremente pela cidade, usando os transportes públicos, sem serem multados, perseguidos pelos fiscais e polícia e agora ainda ridicularizados com campanhas destas, a fazer lembrar a PIDE de outros tempos...

Exigimos respeito! Exigimos melhores transportes públicos e gratuitos!

Unidos e auto-organizados, nós damos-lhes a crise!


Associação Internacional dos Trabalhadores – Secção Portuguesa
Núcleo de Lisboa

terça-feira, 4 de março de 2014

Guerra à guerra! Nem uma única gota de sangue pela “nação”!

Declaração internacionalista contra a guerra na Ucrânia



A luta pelo poder entre os clãs oligárquicos na Ucrânia ameaça transformar-se num conflito armado internacional. O capitalismo russo pretende utilizar a recomposição do poder no Estado Ucraniano de maneira a satisfazer as suas aspirações imperiais e expansionistas de longa data sobre a Crimeia e o leste da Ucrânia, onde detém fortes interesses económicos, financeiros e políticos.

Prevendo a próxima crise económica iminente, o regime tenta alimentar o nacionalismo russo para desviar a atenção dos problemas socio-económicos da classe trabalhadora que estão em crescimento: salários e pensões de miséria, o desmantelamento dos serviços de saúde existentes, a educação e outros sectores da área social. Com a explosão da retórica nacionalista e militante é mais fácil concluir a construção de um Estado autoritário e corporativo assente em valores conservadores reaccionários e em políticas repressivas.

domingo, 2 de março de 2014

Solidariedade Internacional contra o Banco Santander!


Concentração de solidariedade contra o despedimento pelo Isban-Santander de Madrid, do delegado da secção sindical da AIT em Espanha, a CNT.


Dia 5 de Março - 11:00
Banco Santander no Campo Pequeno em Lisboa

O despedimento foi feito depois de ser fundada uma secção sindical no Isban-Santander, e é evidente que o verdadeiro propósito deste despedimento foi a destruição de qualquer tipo de actividade sindical independente no Isban e, em especial, de qualquer tipo de resistência contra as práticas anti-sociais de "outsourcing".

Sejamos solidários com esta luta pois apenas a solidariedade e o apoio mútuo entre os trabalhadores de todo o mundo poderão fazer frente à exploração de que todos somos alv
o.

Readmissão imediata do companheiro despedido!


AIT-SP – Núcleo de Lisboa

sábado, 1 de março de 2014

A Bósnia é o nosso futuro (comunicado da Secção Sérvia da AIT)


A intensificação da revolta social nos Balcãs é uma das fracturas que se estão a verificar no sistema global capitalista. Há alguns anos atrás, começou na Grécia uma nova fase de conflito entre os trabalhadores e a classe dominante – revoltas em massa, protestos e greves gerais. A classe operária da Eslovénia foi a seguinte a sair às ruas. Seguiu-se o povo da Turquia , com protestos de mais de um milhão de manifestantes. Depois, os protestos dos trabalhadores da Bulgária e da Roménia ameaçaram os sistemas desses países. Mais recentemente, uma revolta explodiu na Bósnia Herzegovina, a área dos Balcãs em que as fracturas no sistema e a sua podridão são mais visíveis.

A actual  BósniaHerzegovina (BH) – o local onde se deu o capítulo mais sangrento na dissolução da Iugoslávia – é uma criação colonial monstruosa, formada de maneira a melhor servir os interesses das forças imperialistas e dos criminosos nacionalistas locais. Este Estado foi criado com o objectivo de servir os interesses dos ricos e a única coisa que o povo tem garantida é a contínua catástrofe – o despedimento de trabalhadores, de todas as nacionalidades, e o roubo dos seus bens. Durante anos eles estiveram cegos pelo nacionalismo alimentado pelos imperialistas, pelos capitalistas, e pelos clérigos de todos os credos, pelos magnatas, pelos seus meios de comunicação e pelos seus apaniguados. Não é surpresa que essas longas e escuras décadas de repressão tenham produzido esta resposta excepcionalmente feroz. Agora não resta qualquer dúvida de que as classes trabalhadoras da BH perceberam, mais uma vez, quem é que é o verdadeiro inimigo.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Solidariedade com Ángel! OHL reprime e despede!



No passado dia 9 de Outubro de 2013, a empresa OHL - OBRASCÓN HUARTE LAIN, S.A, decidiu despedir Ángel Elena que trabalhava na empresa há 10 anos, com o falso argumento de baixa produtividade.

Após uma reunião com o sindicato, o departamento de recursos humanos da empresa pretende encerrar o assunto pagando a indemnização a Ángel, mas a sua posição é a de não aceitar outra solução, a não ser a sua readmissão.

De ressaltar que poucas semanas após o seu despedimento começou a greve de limpeza em Madrid, na qual a OHL e outras empresas de subcontratação ameaçavam com o despedimento de 1 400 trabalhadores e a redução dos salários dos restantes em 40%, congelando os salários para os próximos 4 anos e destruindo as vagas de trabalho que surgem com as aposentações. Entretanto, na OHL foram despedidos outros 20 trabalhadores e a prática continua nas outras empresas.

Perante esta situação, apelamos à vossa solidariedade e ao envio de cartas de protesto exigindo a readmissão de Ángel Elena!

Mais informação: http://sovmadrid.cnt.es/

Contactos da OHL para o envio de cartas de protesto:

OHL - OBRASCÓN HUARTE LAIN, S.A.
Sede: Torre Espacio Paseo de la Castellana, 259-D. 28046 Madrid.
Fax: +34 91 348 44 63
Email: info@ohl.es

Exigimos a readmissão imediata de Ángel Elena!

Associação Internacional dos Trabalhadores
Secção Portuguesa - Núcleo de Lisboa

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sobre os acontecimentos actuais na Ucrânia

Na Ucrânia, neste momento, está a haver uma luta pelo poder. Nestes acontecimentos têm participado muitos elementos da classe operária, cujos interesses não estão protegidos nem pelo estado nem pelo capital, assim como aqueles cuja situação material é, em geral, dramática, na esperança de que haja uma mudança que assegure um futuro melhor.

Lutar, protestar, fazer greve são reacções normais e positivas contra um sistema injusto e opressivo. A nossa solidariedade está com os trabalhadores e contra todos aqueles que os exploram, governam e confundem, tomando o poder e o controlo das questões que realmente afectam as suas vidas. Não obstante, é difícil não nos darmos conta que estes protestos se resumem a uma luta de poder entre diferentes grupos da burguesia, governantes e aspirantes a governantes, que não vão trazer qualquer benefício às pessoas, mas apenas mudar o nome das camarilhas que governam com o único objectivo de dirigir as vantagens de estar no governo para novos bolsos.

Denunciamos rotundamente a repressão e a violência utilizadas, mas fica claro que não podemos apoiar nenhum dos principais interesses de poder. Estamos igualmente contra o regime repressivo de Yanukovich e contra as principais tendências da “oposição”, que vão desde os euro-entusiastas, que acreditam inocentemente nos mitos neo-liberais, até aos nacionalistas e inclusive grupos fascistóides.

Os governos da União Europeia, apresentados como um tipo de “solução” por parte de alguns ucranianos, podem ser tão repressivos como o de Yanukovich e, como sabem os trabalhadores desses países, não é nada que dê garantias dum nível de vida melhor. Muitas das suas realidade são exactamente o contrário.

O que faz falta é um movimento que combata, ao mesmo tempo, as duas causas principais da miséria e da repressão: o estado e o capital. Fazemos um apelo a todos os trabalhadores e organizações libertárias da Ucrânia para que não se deixem utilizar como peões nem como idiotas úteis pelas principais facções, que convoquem assembleias de massas e criem palavras de ordem e objectivos alternativos para as suas lutas.

Viva a luta até à revolução social libertária!

Secretariado da Associação Internacional de Trabalhadores

Varsóvia, 26 de Janeiro de 2014.


Comunicado do Secretariado da AIT, tradução do Portal Anarquista

sábado, 18 de janeiro de 2014

18 de Janeiro de 1934: 80 anos da Greve Insurreccional contra o Fascismo


O 18 de Janeiro de 1934 foi a data escolhida pelo movimento operário livre para a greve geral insurreccional destinada a impedir a construção do regime fascista de Salazar. Este movimento foi impulsionado sobretudo por militantes anarquistas e anarco-sindicalistas, organizados na Confederação Geral do Trabalho, e integrado por muitos outros operários de diversas tendências.

O objectivo desta revolta foi derrubar o regime de Oliveira Salazar e impedir a fascização da sociedade portuguesa, impedindo a aplicação do Estatuto do Trabalho Nacional, com o qual Salazar pretendia acabar com os sindicatos livres e revolucionários, transformando-os em organismos submissos perfeitamente integrados na organização corporativa do Estado Novo.  

A insurreição de 18 de Janeiro de 1934 levou a greves, múltiplas sabotagens e inclusive à famosa tomada da vila da Marinha Grande por operários. A revolta não pôde triunfar, mas significou o último grande acto de resistência do movimento anarco-sindicalista organizado. Um acto de dignidade pago com prisões, torturas e deportações de centenas de militantes.  

Conhecer, discutir e comemorar esta data significativa da história das lutas emancipatórias em Portugal é prestar homenagem a todas essas pessoas que arriscaram a vida pela liberdade. Significa também que nos queremos reapropriar da nossa história e memória enquanto movimento libertário, recusando activamente a longa tradição de submissão e “brandos costumes” ensinada nos livros de história e que constitui a memória oficial do Estado.  

Conhecer e discutir as lutas do passado significa então também lançar as bases para a teoria e para as práticas de agora, porque a longa noite do fascismo se estendeu muito para além do 25 de Abril de 1974, na cultura e nas instituições portuguesas, inclusive nas “contestatárias”, como os sindicatos actuais que continuam a prolongar o modelo corporativo dos sindicatos nacionais.