*Retirado daqui: https://colectivolibertarioevora.wordpress.com/2015/11/15/paris-anarquistas-turcos-solidarios-na-luta-contra-o-isis/
"A organização anarquista turca DAF
foi uma das primeiras a manifestar a solidariedade para com os curdos na
defesa de Kobane e tem dado testemunho físico da sua presença ao lado
dos combatentes curdos contra o Estado Islâmico (ISIS), cujas acções de
terror os seus militantes conhecem bem. Agora divulgou um comunicado
sobre o massacre de Paris, também levado a cabo pelo ISIS, um movimento
terrorista, totalitário, que juntamente com o Estado turco representa
uma das maiores ameaças ao desenvolvimento do confederalismo libertário
no Curdistão e cujas acções servem de pretexto para o reforço das leis
securitárias seja no Médio Oriente, seja no resto do mundo, Europa
incluída."
A 13 de Novembro mais de 129 pessoas
perderam a vida e dezenas ficaram feridas em 7 locais diferentes de
Paris em consequência de ataques coordenados pelo ISIS com bombas e
armas de fogo. O ISIS assassino continua com os seus assassinatos fora
das regiões do Médio Oriente e da Anatólia. O massacre que teve lugar em
Paris mostra claramente que o terror do ISIS não conhece limites.
Sentimos profundamente o massacre de Paris e partilhamos a sua dor.
Vivemos e continuamos a viver os ataques do ISIS apoiados pelo Estado.
Do Senegal a Kobane, de Pirsus (Suruç) a Ankara, temos perdido muitos
companheiros e amigos. Estamos conscientes do facto de que os massacres
têm por objectivo criar o medo, a desconfiança e a solidão nas nossas
vidas. A nossa dor é grande e aumenta a cada dia que passa. Nestes
momentos temos que fazer crescer a solidariedade contra os assassinos
que nos querem submergir no medo, na solidão e no isolamento.
Vemos os movimentos simultâneos do Estado
francês e de outros estados com o objectivo de conduzirem o processo.
Sabemos que estas mesmas estratégias desenvolvem-se na nossa região sob o
nome de “luta contra o terror”. Neste ambiente de desconfiança, as
pessoas adquirem uma psicologia do pânico que está dirigida pelos
dispositivos ideológicos do Estado: a opressão do Estado contra os
revolucionários e a política estatal que restringem a liberdade dos
oprimidos será, assim, politicamente legitimada; e o discurso das
políticas racistas aumentará. Os estados usam estes períodos
extraordinários para os seus interesses políticos, económicos e sociais.
Estamos conscientes da situação em que a
população francesa vive. Sabemos a dificuldade do exercício de pôr de
lado a dor pela perda das vitimas e, por outro lado, de lutar contra as
mobilizações fascistas no seio da sociedade, criadas pelo Estado.
Sublinhamos que, mesmo com estas dificuldades, a luta deve ser contra o
medo, o Estado e o fascismo.
A dor que estão a viver é a nossa dor. A raiva que sentem é a nossa raiva, a sua luta é a nossa luta!
Devrimci Anarşist Faaliyet-DAF (Revolutionary Anarchist Action)